Tereza Cristina: A Casa do Menor trabalha com a fé e a razão, amor e acolhimento

Toda criança ao nascer precisa de uma base família que ofereça amor e princípios básicos que vão nortear a sua vida em sociedade. Porém, infelizmente, no país há muitos abandonos em que essa criança pode ir tanto para os abrigos quanto viver em situação de rua, tendo que se defender da violência e vendo seus sonhos serem destruídos. Mas, felizmente, no Brasil a renomada instituição Casa do Menor São Miguel Arcanjo acolhe as crianças, os adolescentes e jovens que foram abandonados à própria sorte e oferece amor, esperança, presença de família e oportunidades para que sejam protagonistas de sua história.

E para desenvolver um trabalho sério, pautado na ética e no respeito, a instituição conta com colaboradores competentes que ensinam e dão amor a cada acolhido. É o caso da Tereza Cristina que a ImagineAcredite vai contar. Hoje, aos 56 anos, atua no setor Pedagógico, coordenando e ajudando a coordenadora na Casa do Menor. Ela chegou à instituição há 15 anos e já atuou como mãe social por 14 anos e, posteriormente, como educadora por alguns meses.

“Quando eu comecei na Casa do Menor, a parte administrativa ainda não tinha na Sede, estava sendo construído, e aí meus dois filhos faziam curso na Casa do Menor. E eu também comecei fazer um curso de cabeleireira que na época era aqui, porque o padre tava estruturando lá embaixo e tudo. E aí eu dava aula de reforço, eu sempre gostei na escola de liderar, de tá com jovem, fazia parte de um grupo. E aí minha filha e meu filho fazendo curso, a minha filha chegou, “mãe, na Casa do Menor, está dando um curso de educadora”. E aí eu fui. E aí fiz todo o curso e um dia me chamaram e eu vim. Muitos desafios, mas eu fiquei”, relata Tereza Cristina.

Hoje já na coordenação, ela explicou como funcionou. “A Casa Renascer nós temos duas mães sociais e quatro educadores, onde eles se revezam, as mães sociais com os educadores. A capacidade é pra 21, mas a gente, no momento, tá com 13. É uma Casa com todas as dificuldades, mas é onde os meninos estudam, fazem curso, tem atividade esportiva. Depois, com o decorrer da caminhada de cada um, alguns conseguem ser inseridos no Jovem Aprendiz. Temos um que já até passou na entrevista da Casa e está esperando os documentos e passar essa onda do Covid”, pontua.

Inclusive o trabalho desenvolvido é de uma mãe que acompanha, orienta e educa os acolhidos em todos os momentos. E a instituição conta com uma equipe técnica, sendo composta por assistente social e psicóloga. E o sentimento que esses acolhidos chegam à instituição é de não se amarem e não acreditarem que é possível. “Falta de uma família, falta de orientação, falta de muita coisa. E com o decorrer do tempo, alguns vão se abrindo e a gente vai conseguindo chegar até eles e ver que é possível fazerem eles se valorizarem e acreditarem que tudo é possível na vida”, afirma.  

E apesar dos desafios, todos os acolhidos ao se sentirem amados, começaram a mudar suas opiniões e convicções e a Tereza teve a oportunidade de testemunhar a transformação na vida de cada um.  “Desafio é sempre bom. Eu fui ficando e vendo os meninos mudarem de vida. E, assim, participar, ver os meninos como chegaram e depois eu ver eles bem é gratificante. Muitos conseguiram fazer a sua própria família, trabalhar, acreditar na vida, acreditar que é possível. Então é isso que faz com que a gente também fique, porque a gente acaba acreditando também que é possível. É aquele trabalhinho de formiguinha. A gente tá sempre acreditando com todas as dificuldades, e aí as coisas acontecem”, diz.

E a Casa do Menor guarda muitas histórias de sucesso, porque além do amor e do acolhimento, ainda trabalha a espiritualidade onde a fé e razão são pilares fundamentais. “Amor porque quando você ama, você se importa. E quando você ama, é igual o filho, você se importa, independente se o filho vai gostar ou não, que a gente sabe que quando o pai e a mãe tá ali, às vezes o filho naquele primeiro momento não gosta. Porque eu fui filha, eu sou mãe e hoje eu sou avó. Então eu sei quanto minha mãe me amou. E com a fé e com a razão, eu criei meus dois filhos e hoje eu sou avó. Então, eu acredito. E é isso que não deixa a gente desistir. As dificuldades são grandes, mas, a gente tá sempre acreditando”, finaliza.

Ascom Imagineacredite

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