Você já parou para pensar o que seria das crianças, adolescentes, jovens e adultos sem o acolhimento da Casa do Menor São Miguel Arcanjo que oferece um novo destino a cada acolhido? Essa obra social, que vai completar 35 anos, dá amor, esperança e sentimento de família para os acolhidos e conta com uma equipe de voluntários e colaboradores que dão o seu melhor para transformar e oferecer uma nova chance para cada um. A exemplo da cozinheira Miriam da Silva, de 46 anos, que há 12 anos trabalha no DPO de Miguel Couto.
Ela conta que a Casa do Menor recupera adolescentes e jovens que cometeram alguma infração. “Às vezes acontece de chegarem aqui jovens que estão precisando de auxílio. O policial ao invés de prender, leva ele pro Conselho Tutelar que tem Assistente Social na Casa do Menor, que pode conduzir eles a recuperação. Isso é importante pra comunidade”, explica.
Na entrevista, Miriam contou que há casos de jovens que ao chegarem na entidade pulavam o muro, mas, quando chegavam nas ruas, faziam um pedido de retorno para a Casa do Menor. “Aí vinham aqui pedindo pra polícia ajudarem eles a voltarem pra dentro da Casa do Menor porque na rua não tinha dado certo. Tinham umas jovenzinhas que pulavam o muro e fugiam. Aí elas batiam aqui na polícia, pra pedirem ajuda. “Ajuda a gente, pra gente chegar lá na mãe social e elas aceitarem a gente de volta pra gente continuar a nossa recuperação”. Isso já aconteceu várias vezes”, lembra.
Inclusive, ela citou como exemplo seu vizinho Erivaldo, que aos 13 anos começou a ser ajudado pela Casa do Menor e foi recuperado. “Ele trabalhou na Compacto por ajuda dos padres, agora é um chefe de família. E conheço outros jovens também que já passaram pela Casa do Menor e hoje são chefes de família. E modifica mesmo. E os cursos que são oferecidos a comunidade é gratuito. Então, o curso é bom que tira a pessoa que não tem perspectiva nenhuma de vida, dá ela uma perspectiva”, afirma.
E ela chega à conclusão de que os menores infratores em recuperação sempre voltam para a Casa do Menor pelo sentimento de ser família. “Eles saíram achando que tava se dando bem, chegaram aqui do lado de fora e viram que não tava dando certo, veio pedir ajuda ao policial pra poder retornarem Casa do Menor pra continuar se recuperando”, pontua.
Questionada sobre o que a instituição representa, ela diz que faz toda a diferença. “A Casa do Menor ajuda no bem-estar de menores e crianças que ficariam nas ruas e eles abrigam, dá cursos, ajuda a recuperar jovens que estão perdidos, as vezes envolvido com drogas e modifica mesmo a vida”, finaliza.
Ascom ImagineAcredite