Darcy Corrêa: toda a minha trajetória na Casa do Menor devo aos retiros espirituais

A Casa do Menor São Miguel Arcanjo, fundada pelo padre Renato Chiera e Lúcia Inês, é uma importante obra social de amor e sinônimo de família que resgata crianças, adolescentes, jovens e adultos sem perspectivas, que chegam com várias cicatrizes na alma e no corpo, devolvendo a dignidade e a oportunidade de serem inseridos no mercado de trabalho. E cada colaborador da instituição tem um papel fundamental para que esses acolhidos se sintam amados e respeitados. É o caso do instrutor de Elétrica Predial, Darcy Corrêa, que está na instituição há 15 anos e já capacitou mais de 5 mil jovens. A ImagineAcredite traz um breve resumo de como ele chegou na entidade e como sua vida foi transformada.

“Em 1982, quando o padre Renato chegou aqui em Miguel Couto, eu conheci a paróquia. E tinha a professora Marli, que depois veio a ser uma das diretoras da Casa do Menor. Ela vendo a minha atuação na comunidade pra um lado pro outro, fazendo serviços voluntários na escola também onde ela era diretora, ela disse que via o meu perfil aqui dentro da Casa do Menor. Quando houve a primeira oportunidade pra instrutor, ela me chamou, me encorajou e me preparou profissionalmente, pedagogicamente, já que ela é Diretora. Ela e a professora Ângela, que hoje é a Coordenadora na Casa do Menor, na época era coordenadora do curso, me ajudaram muito profissionalmente pra que eu fosse um instrutor aqui da Casa do Menor com esse perfil”, revela.

Ao aceitar o convite para ser instrutor, Darcy também teve sua vida mudada na Casa do Menor por meio de retiros espirituais que o ajudou em sua vida profissional. Ele conta ainda que fez o curso “a pedagogia do terceiro milênio”. “Esses ensinamentos nos ajudam muito a ter estrutura física, emocional, espiritual pra poder tá lidando com os nossos irmãos, ajudando e sendo ajudado a cada dia. Ao longo desse tempo, eu tive a oportunidade de estar crescendo a nível espiritual aqui Casa do Menor, através da ajuda do padre Renato. Fui convidado também pra fazer parte da Família Vida”.

Hoje ele desenvolve o trabalho com muita dedicação e amor em dois locais, na Desenvolvimento Comunitário Irmã Celina, em Shangri-lá, Belford Roxo, terças, quintas e sextas, e na oficina elétrica, em Tinguá, para comunidade terapêutica e a comunidade bairro, segundas e quartas. Segundo Darcy, a maioria que chega em busca de capacitação é carente e que, após concluir todo o curso, volta para o testemunho sobre a renomada Casa do Menor, que além de capacitar, é presença de família.

“Já vem com o uniforme da Light, ou com o uniforme do Quartel, dizendo que está lá dentro desenvolvendo o trabalho da área técnica de eletricidade, muitos voltam, dão testemunho, agradecem e a gente aproveita o ensejo pra poder tá em contato com os jovens que estão na atualidade. Então, agradeço muito a Deus pela oportunidade e toda a Diretoria da Casa que tem deixado eu permanecer nesse trabalho, aprendendo mais, desenvolvendo e sendo útil naquilo que Deus pede”, diz.

Questionado sobre o que representa a Casa do Menor, ele reponde que é sinônimo de esperança. “É como se fosse, assim, o ar que eu respiro. Eu vejo assim, se eu fosse um peixe, eu não conseguiria viver fora d’água. E eu, como pessoa, como ser humano, sem a Casa do Menor ficaria sem chão, porque nesses 15 anos eu aprendi a conviver com toda essa atmosfera aqui da Casa do Menor. Eu acho que em outro lugar vai ser mais difícil pra mim de se adaptar com essa atmosfera do bem. A Casa do Menor em uma palavra pra mim seria pai e mãe, família”, finaliza.

Ascom ImagineAcredite

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