Não é novidade que o partido da esquerda luta contra as Comunidades Terapêuticas há anos. Além da oposição contra o governo Bolsonaro que reconheceu as CTs como serviço essencial no tratamento e reinserção social das pessoas que sofrem com o flagelo da dependência química, devolvendo a dignidade e a oportunidade para escrever uma nova história, a esquerda deu mais um passo contra os brasileiros.
Na tarde ontem, 28, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei complementar (PLP) 134/19, que traz novas regras para a certificação de entidades (filantropia), às quais a Constituição assegura imunidade nas contribuições para a seguridade social. E é nesse momento que entra dois destaques apresentados, em Plenário, pelos partidos de esquerda. Um deles, do PSOL, foi aprovado e retirou do texto a possibilidade de as CTs continuarem com a imunidade tributária.
Para o presidente da Confederação Nacional das Comunidades Terapêuticas, Adalberto Calmon, é lamentável a alegação da líder do PSOL – RJ, Talíria Petrone, para descredibilizar as CTs. “Ela apresentou um destaque para que as CTs não possam mais certificar. Quais os argumentos? Argumentos retrógrados, sem fundamentos, dizendo que as CTs são manicômio, voltando ao discurso vazio, sem conteúdo e sem provas. Sempre se baseando em um relatório de 2014. Eu estou muito decepcionado com a esquerda, o PT, o PCdoB e o PSOL. Há duas lideranças que estão movimentando todo esse processo, as deputadas do Distrito Federal, Erika Kokay (PT), e a Talíria Petrone”.
Durante a votação, o baixo quórum no Plenário, foi o momento oportuno que a esquerda teve para prejudicar as CTs. “Nós precisávamos de 257 votos para derrubar esse destaque, mas, infelizmente, tivemos 251 contra 75 votos deles. O PT votou totalmente contra, foram 41. O PSOL totalmente contra as CTs. O PCdoB totalmente contra. E aí eu pergunto por que a esquerda é contra as CTs?”, questiona Calmon.
Na entrevista, ele ainda disse que não entende como os partidos os partidos de esquerda destinam verbas para as CTs e no momento da votação são contra as entidades. E faz um pedido: “Eles querem o que? Prestígio? Voto? Eu peço, partidos de esquerda venham conversar conosco. Eu não estou entendendo esse posicionamento de vocês, porque pessoalmente vocês têm um discurso e na hora de uma votação de um projeto tão importante, que beneficiam as instituições que trabalham na recuperação do dependente químico, vocês são contra”.
Para reverter essa situação, o governo federal, Calmon e outros líderes terão muito trabalho pela frente em prol de salvaguardar os direitos dos dependentes químicos e seus familiares. O texto será enviado ao Senado Federal e, inclusive, Calmon já está em articulação com os senadores que aprovando o texto, volta para a Câmara dos Deputados, com o apoio do presidente, Artur Lira (PP – AL), que se comprometeu em ajudar as CTs.
“Não vamos perder as esperanças. Nós fazemos o bem, vamos continuar salvando vidas e com certeza, para mim, isso é uma guerra espiritual. Nós já começamos os contatos com os senadores para que possamos reverter esta ação. Nós vamos fazer um grande movimento em Brasília presencialmente na semana do dia 8 de novembro”, finaliza.
Ascom Imagineacredite