Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 18, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou o início da fase de implementação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa, proposta pelo governo brasileiro e pactuada pelo G20, visa mobilizar recursos financeiros e conhecimento técnico para apoiar a execução e ampliação de programas eficazes no combate à fome e à pobreza em diversos países.
Durante o anúncio, Wellington Dias enfatizou a importância da participação de países desenvolvidos na Aliança, destacando que a iniciativa está aberta a todas as nações e organizações interessadas em implementar políticas baseadas em evidências para beneficiar as populações mais vulneráveis. Ele ressaltou que a Aliança pode auxiliar na implementação de programas como alimentação escolar, construção de cisternas para famílias afetadas por crises climáticas e desenvolvimento de programas de inclusão socioeconômica para os mais pobres.
“Os países apresentam seu plano de forma soberana e independente, mas levando em conta propostas como alimentação escolar, qualificação para o emprego e empreendedorismo, prioridade com crianças e gestantes. A novidade é que, a partir de uma discussão com 54 delegações que se somaram aos países do G20, foram apresentadas propostas cientificamente comprovadas como eficientes”, pontua o ministro.
Com 148 adesões já confirmadas, incluindo 82 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 entidades filantrópicas e não governamentais, Wellington Dias prevê a expansão da Aliança nos próximos meses e reforçou a necessidade de os países mais desenvolvidos contribuírem com investimentos em conhecimento e recursos financeiros para apoiar os países em desenvolvimento.
A experiência do Brasil no combate à fome foi reconhecida durante a coletiva, com destaque para a redução significativa da insegurança alimentar no país. Wellington Dias reforçou a importância de integrar políticas econômicas e sociais para capacitar profissionalmente aqueles que saíram da situação de fome, apoiando-os na superação da pobreza.
O ministro destacou que, apesar de a proposta ser desenvolvida durante a presidência brasileira do G20, a iniciativa será aberta a todos os países dispostos a implementar ou fortalecer programas sociais com eficácia comprovada na luta contra a fome. Ele enfatizou que a Aliança é uma oportunidade de unir esforços para garantir o direito básico à alimentação.
Entre as metas e compromissos estão atender 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030, ampliar a oferta de refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em regiões marcadas pela pobreza infantil e fome endêmica, e mobilizar bilhões em recursos financeiros, por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento, para viabilizar esses e outros programas.
“Se a gente olha lá no início e tenta imaginar um fórum que historicamente sempre discutiu temas dos mais ricos, e o presidente da República do Brasil na presidência do G20 propõe essa força-tarefa inovadora, mostrando a importância da erradicação da fome e da pobreza […] e para se ter um bom resultado a proposta é que os países mais desenvolvidos ajudem os países em desenvolvimento”, afirma o ministro.
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