Após o falecimento do marido, foi na Casa do Menor que Dona Maria encontrou um alento para o trabalho voluntário

Sabe aquela vontade de ajudar ao próximo e propagar a ideia para a família, os vizinhos e aos conhecidos, independentemente da idade? Fomos atrás da história da Dona Maria José, de 78 anos, voluntária na instituição e dedica sua vida a cuidar, amar e ser família para milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Ela nos contou que, após o falecimento de seu marido, encontrou alento quando conheceu a Casa do Menor por meio de um almoço beneficente e de lá pra cá nunca deixou de lado o chamado para cuidar do próximo.

“Comecei a frequentar a Herbalife, que é a Casa das Crianças. Eu amei. E fui recomendando as minhas amigas pra irem juntas comigo. De repente nós fizemos uma turma”, diz Dona Maria, que começou a produzir as festas de Páscoa, São João, Dia das Crianças e o Natal na instituição e cada amiga que participava apadrinhava um acolhido. E em 2008, a turma de voluntárias aumentou quando Dona Maria convidou a jovem fisioterapeuta Aline que estava à procura de uma instituição para ajudar.

“Agora ficou uma turma de idosos e uma turma de jovem. A gente divide as coisas, os presentes, a festa, o que a gente vai levar, o que a outra vai dar. E cada uma se torna madrinha daquela criança e leva o presente individual”, explica Dona Maria, que guarda as lembranças de cada festa com muito carinho em vários DVDs. E a vontade de ajudar os acolhidos da instituição mexeu também com o sentimento de sua família que passou a colaborar.

“Eu tenho um sobrinho que é médico, lá em Niterói, Cardiologista. E, através da outra minha sobrinha que mora lá também, falou assim: “eita, tiazinha faz um trabalho bonito, será que posso participar? Porque eu gostaria”. Aí ele: “Então faz o seguinte. Eu não quero negócio de ser padrinho porque eu não posso ir, mas pede a ela a conta da Casa do Menor”. Pronto, a partir dali, tem dois anos que eles contribuem com R$ 200, todos os meses”, revela emocionada.

Nesses vinte anos em que é voluntária, ela afirma que nem todas as palavras conseguiriam descrever todo o amor e gratidão que tem pela instituição. “Eu gosto de trabalhar com o padre e quem trabalha lá também. E, especialmente ele, que é uma pessoa de Deus, não pode ver uma pessoa, que fica preocupado, querendo saber o que aquela pessoa tá precisando. Ele tem aquele dom e todo mundo lá em casa acha muito bonito o que ele faz pelos pobres, esses meninos de rua que ninguém quer ajudar”, pontua.

E antes de finalizar a entrevista, Dona Maria revelou um fato curioso. “Outro dia eu saí e tava o rapazinho vendendo bala no carro, aí eu falei: ai meu Deus do céu, não tenho nenhum trocado pra dar pro menino. Aí a menina falou: a senhora tá igualzinho o padre Renato, não pode ver o pessoal pedir. Eu falei: lógico, antes dele pedir eu já ajudava, quanto mais agora que eu sei que eles estão precisando pra comprar uma coisa, pra levar um leite pra sua mãe”.

Ascom Imagineacredite

Os DVDs com os registros de todas as festas e os acolhidos da Casa do Menor

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