A “Gota-serena” é uma expressão popular da minha querida Região Nordeste do Brasil, cujo significado pode ser para indicar uma surpresa ou admiração; ela se refere, também, a algo muito bom, ou ainda, quando um determinado acontecimento traz alegria, é incrível, surpreendente, grandioso; todavia, quando se diz que alguém está “com a gota serena” ou vai “dar a gota serena”, significa o mesmo que estar com muita raiva, furioso, bravo, irritado e “danado-da-vida” com algum acontecimento ou mesmo com alguém.
Mas a Gota que irei abordar aqui, é algo que requer a atenção de todos nós, pois trata-se de uma doença inflamatória que, aparentemente, pode ser tratada aos primeiros sinais, mas que com o passar do tempo e com o “descuido” de alguns pacientes, pode vir a desencadear outras doenças. Hoje, exploramos a importância de prevenir a doença adquirida e as medidas que podemos tomar para evitá-la.
A gota é causada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações, originada em inflamação e dor intensa. Os principais sintomas incluem extensão, vermelhidão, calor e sensibilidade nas articulações apoiadas, mais comumente nas extremidades inferiores, como os dedos dos pés. A doença pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, limitando a mobilidade e causando episódios recorrentes de dor aguda.
A prevenção da gota se baseia em duas principais abordagens: adoção de um estilo de vida saudável e manejo adequado dos fatores de risco.
A dieta desempenha um papel crucial na prevenção da doença, e a moderação no consumo de alimentos ricos em purina é essencial. Carnes vermelhas, frutos do mar, alimentos processados e bebidas alcoólicas, como cerveja, são conhecidos por aumentar os níveis de ácido úrico no organismo. Optar por uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios com baixo teor de gordura, pode ajudar a reduzir os riscos de desenvolver a doença.
Além disso, a prática regular de atividades físicas também são fatores importantes na prevenção da gota. O excesso de peso pode contribuir para o aumento dos níveis de ácido úrico, enquanto o exercício regular ajuda a controlar o peso, melhorar o metabolismo e reduzir o risco de desenvolver a doença.
Anote as dicas para uma vida saudável:
Para evitar e tratar as crises agudas de Gota, deve-se:
- Evitar fatores que propiciam a formação de ácido úrico (alimentação)
- aumentar a ingestão de líquido por dia. Na crise:
- Usar medicamentos específicos (prescritos por médicos) para controlar a dor;
- usar medicamentos específicos (prescritos por médicos) para reduzir os níveis de ácido úrico.
Em casos avançados:
- Realizar cirurgias para remoção dos tofos que prejudicam a função articular.
Alguns alimentos, de potencial alcalinizante, ajudam no processo de eliminação do ácido úrico, são eles:
Alcachofra – Considerada uma das melhores verduras que age na eliminação de toxinas, as alcachofras são altamente diuréticas e evitam a retenção de líquido. Rica em minerais, vitaminas e antioxidantes, elas também possuem fibras, proteínas e ácidos graxos, que são utilizados como fontes de energia para o corpo.
Cenoura – Mais uma verdura que não pode faltar na dieta de quem precisa mandar embora o ácido do organismo. As cenouras têm efeito alcalinizante, o que significa que ajuda a retirar purinas e cristais das articulações. Na hora de comer, ela é bem-vinda seja na refeição – crua ou cozida – ou até mesmo em sucos – combinando com outros ingredientes como beterraba ou laranja, por exemplo.
Laranja – A vitamina C, presente nessa fruta, também age na redução dos cristais no sangue. O suco de laranja natural ajuda a dissolver essas pedras e faz com que as articulações voltem ao normal.
Limão – Muito indicado no tratamento da desintoxicação do organismo, tomar um suco puro de limão, durante um período consecutivo, em jejum pode ajudar significativamente nos resultados. Mesmo sendo considerada uma fruta ácida, ao chegar ao estômago o limão se torna alcalina, ou seja, ajuda a combater a acidez sanguínea.
Cebola – Assim como muitos dos alimentos já citados, a cebola também age como depuradoras no organismo. Elas diminuem a hiperuricemia e baixa os triglicerídeos. Para consumir, o ideal é fervê-la até que fique macia, separar a água que sobrar e despejar em um recipiente com suco de um limão e tomar duas xícaras desse líquido por dia.
Alho – Assim como a cebola, o alho tem poder de reduzir o colesterol, a pressão arterial e as taxas de ácido úrico. O indicado é amassar dois dentes de alho e colocar em um copo de água por cerca de 6 horas. Depois desse período, é só coar e tomar a mistura ao menos três vezes ao dia.
Sementes de abóbora – A abóbora é um dos vegetais mais diuréticos que existe e, por meio da produção de urina, ajuda a eliminar os níveis de ácido. Os modos de comer são variados – cozida ou assada são os mais indicados. Mas o mais importante é não descartar as sementes, que são ainda mais poderosas neste tratamento.
Há outros tratamentos e modos de prevenção:
Além dos alimentos já citados, quem tem esse distúrbio metabólico pode seguir algumas outras recomendações que podem ser úteis para eliminação dessa substância do corpo.
O estresse físico deve ser evitado, a ingestão de anti-inflamatórios e diuréticos também não ajudam na remoção do ácido. Beber bastante água é fundamental para auxiliar na evasão da substância pelos rins.
De uma maneira geral, o mais indicado para o tratamento no controle do índice de ácido úrico é preferir alimentos menos industrializados, seguir uma dieta balanceada e saudável, rica em leite e derivados, frutas e verduras e esquecer o consumo de bebidas alcoólicas – principalmente a cerveja, que é rica, muito rica, em purina.
Fonte dos alimentos: https://hospitalsiriolibanes.org.br/blog/pressreleases/8- alimentos-que-ajudam-a-controlar-o-acido-urico
Fontes: ASCOM IMAGINE ACREDITE e Kildare Johnson – Jornalista e Bacharel em Direito