A Casa do Menor São Miguel Arcanjo é referência em todo o país ao oferecer esperança, amor e sentimento de família acolher os meninos, adolescentes e jovens abandonados que são excluídos pela sociedade. A renomada instituição devolve a dignidade para cada acolhido que, por muitas vezes, foram ignorados e tiveram seus sonhos rompido antes de serem resgatados. E para fazer esse trabalho de amor, a Casa do Menor conta com uma equipe dedicada em fazer o bem ao próximo. É o caso de Ângela Bastos que é Coordenadora Pedagógica e Gestora na Sede de Miguel Couto. A ImagineAcredite vai contar sua trajetória que inspira muitas pessoas.
Ela chegou à instituição há 16 anos, cheia de cicatrizes da vida, para trabalhar como Educadora de Profissionalização e, com o decorrer do tempo, foi convidada a assumir a Coordenação. Nesse período, ela cuidava de todos os cursos, a metodologia, a convivência com os alunos da comunidade, que iam em busca de uma profissão na Casa do Menor. “Logo após, eu fiz uma experiência em Fortaleza e ao retornar, eu assumi o abrigo, o acolhimento e tô até hoje. É uma experiência incrível, porque no acolhimento eu pude realmente exercer mais este meu lado materno, de filhos, que não foram gerados por mim, mas era como se fosse nascido de mim. Então aqui a gente trabalha com ele, a gente dá aquela atenção que muitos deles não tiveram em casa. A gente aqui é uma família, aqui a gente cuida deles como se fosse realmente nossos filhos. Como já ouvi muito, são filhos do nosso útero”, revela Angêla Bastos.
Hoje ela atua como Coordenadora Pedagógica em 3 unidades da Casa do Menor, sendo na Casa Jesus Menino, que atende 7 meninos especiais, na Casa Herbalife que atende 13 crianças, de 0 a 6 anos, e na Casa Renascer, que atende adolescentes de 12 a 17 anos. Ela também é a Gestora na Sede de Miguel Couto, junto com administrativo e o pedagógico. E para ela, atender essas crianças é sinônimo de esperança. “É tá exercendo mesmo o meu papel de protetora. São crianças, são meninos que vem de uma realidade tão dura, uma realidade de exclusão, uma sociedade que os exclui. E quando eles chegam aqui a gente dá pra eles esse aconchego de mãe, esse aconchego de pai. Nós trabalhamos com pais sociais, nós trabalhamos com mães sociais. Então, aqui a gente dá aquele aconchego de família pra eles”, diz emocionada.
E a experiência com a Casa do Menor, que começou há 16 anos, a encanta até hoje porque a presença de família é constante, inclusive, teve sua vida foi transformada ao receber amor e o acolhimento. “Quando eu cheguei aqui, eu não tinha autoestima, eu tava vindo de um relacionamento onde eu ouvia palavras destrutivas. E quando eu cheguei aqui e deparei com esse mundo de amor, eu não aceitava muito. Eu falava, como que eu vou amar, se eu nunca recebi amor? E convivendo com a experiência que tinha aqui, com o padre Renato, eu sou evangélica, mas onde eu consegui mesmo a viver um amor concreto foi na Casa do Menor. Senti mesmo esse amor, sentir essa presença de Deus tão forte que me salvou”, confessa.
E ela é referência para outras crianças e até mesmo para mulheres que chegam na instituição sem perspectiva de futuro. “A Casa do Menor trouxe esse resgate de valores, da autoestima, de eu ser amada e poder amar”, declara Ângela, que chegou a Casa do Menor para educar, apesar de suas dores. “Então, nessa transição eu fui curada pra poder curar também. Então, é uma experiência muito forte mesmo quando eu falo da Casa do Menor, assim, porque me emociona. Porque hoje se eu sou o que sou, sou pedagoga, tô cursando a psicopedagogia, fazendo minha pós, em psicopedagogia, e tudo isso, foi fortalecido através de tudo que eu vivo dentro da Casa do Menor”, finaliza.
Ascom ImagineAcredite