Uma semana depois de todos os 26 governadores e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomarem posse em seus respectivos cargos, terroristas travestidos de patriotas invadiram as sedes dos três poderes da república brasileira, e promoveram um grande quebra-quebra diante das autoridades policiais, que demoraram para reagirem à nítida e injusta agressão ao Estado Democrático de Direito.
O ato terrorista, mais do que tocar o terror, buscava fomentar um novo golpe de Estado. A ideia, segundo consta, era dissolver os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e recolocar no poder o agora ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que está de férias nos Estados Unidos após não conseguir ser reeleito, disseminar notícias falsas e promover sucessivos ataques ao sistema eleitoral brasileiro, a integrantes da Suprema Corte e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, é importante lembrar que o ato foi inspirado na invasão ao Capitólio Americano, ocorrido em janeiro de 2022 e que buscava anular a eleição presidencial. Contudo, assim como nos Estados Unidos, os terroristas brasileiros não obtiveram sucesso, tanto é que 1,2 mil pessoas foram presas, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal foi destituído e preso, enquanto o governador do DF acabou afastado por 90 dias, sem contar com o bom andamento das investigações que almejam capturar os financiadores do projeto golpista.
Outro fator que chama atenção é que, ao não contar com amplo apoio popular e nem mesmo das Forças Armadas, que desde o pleito eleitoral de 2022 era provocada pelos extremistas, o ato golpista serviu para consolidar a democracia brasileira, pois não conseguiu deter a vontade soberana do povo manifestada por meio do voto secreto e auditável depositado nas urnas eletrônicas.
Vale ressaltar que em um país como o Brasil, que tem uma história marcada por golpes, em outros tempos e por muito menos, o presidente da República poderia ter sido destituído do cargo, mas o país parece ter aprendido com a sua história que o melhor caminho para resolver os seus problemas está na democracia e no Estado Democrático de Direito, os quais foram os grandes vencedores de toda esta celeuma.
Portanto, se ao observar as imagens que circulam na TV e nas redes sociais, muitos possam avaliar que de nada valeu a invasão, a Revista Imagine Acredite entende que, em meio a tantos males, o ato golpista serviu para que nosso país pudesse se redimir com a sua história, se reafirmar perante o mundo como uma das maiores democracias do mundo e ainda deixar claro que nenhum ataque será capaz de destruir o nosso Estado Democrático de Direito.
Sendo assim, que os culpados pelos ataques terroristas e golpistas sejam punidos com o máximo rigor da lei, que todas as lideranças políticas tenham aprendido que ódio e extremismo servem apenas para adoecer a nação, e que a Ordem e Progresso, estampada na bandeira nacional, seja a tônica dos próximos anos.
Por Sérgio Botêlho Júnior