Nessa terça-feira, 13, o governo federal firmou, por meio da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, um novo Acordo de Cooperação Técnica com o Capítulo Nacional da entidade ISSUP Brasil com o objetivo de ofertar cinco cursos gratuitos voltados para profissionais que atuam em programas de prevenção às drogas e qualquer pessoa que tenha interesse em conhecer prevenção, como pais, professores, assistentes sociais e agentes sanitários.
A princípio serão 300 vagas para o curso de prevenção nas escolas mais o de prevenção nas comunidades que serão disponibilizados imediatamente. Além disso, mais três estão sendo preparados, que são os cursos de ciência da pregação, o de prevenção das famílias e o de prevenção e mídia. Todos são baseados em evidências científicas feitos com institutos de pesquisa da Europa com os treinadores que escreveram o Capítulo Universal de prevenção.
“Essa é uma entidade internacional de grande relevância, que congrega profissionais que trabalham na área da dependência química. Por meio desse Acordo, nós temos elevado uma série de ações em parceria com essa entidade. A atual gestão do governo federal tem buscado realizar parcerias com Organizações da Sociedade Civil para que nós possamos ter resultado mais contundentes na área de enfrentamento das drogas no país”, diz o Senapred, em entrevista exclusiva ao Jornalista Sérgio Botêlho Júnior, fundador da ImagineAcredite.
Segundo o presidente do ISSUP Brasil e Coordenador Operacional e Coordenador Nacional da Mobilização Freemind, Paulo Martelli, o caminho para prevenção é capacitar os agentes que podem mudar a dinâmica do ambiente escolar, familiar e da comunidade baseado em evidência científica.
“Nós temos 35 países com Capítulos Nacionais, onde trocamos informações e evidências científicas sobre prevenção, tratamento e ressocialização. Então esses cursos são muito robustos e dão resultado. Para vocês terem uma ideia, o curso de escolas nós estamos fazendo o projeto piloto de prevenção em Campinas, onde tem um pré-teste e um pós-teste, onde o participante responde 15 perguntas sobre conhecimentos e 10 perguntas de crenças sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas antes de iniciar o curso. Ao finalizar, ele responde novamente as mesmas questões. E é muito interessante que depois de fazer o curso, aumenta o índice de confiança em implementar projetos de prevenção baseado em evidência científica”, pontua Martelli, em entrevista exclusiva ao Jornalista Sérgio Botêlho Júnior, fundador da ImagineAcredite.
A diretora da Senapred, Claudia Leite, participou da reunião.
“Proteger nossos jovens das drogas é o nosso maior compromisso com o futuro”
O maior evento da América Latina que debate a prevenção contra às drogas foi marcado pelo espírito de unidade. Dados do relatório divulgado do 7º Congresso Internacional Freemind, sediado no Centro de Convenções do Expo Dom Pedro, com 60 palestrantes, revelam um verdadeiro sucesso com um público presencial de 1.500 pessoas mais 4.500 acessos à transmissão ao vivo pelo YouTube, entre 210 cidades brasileiras e 10 países – Estados Unidos, Alemanha, Nigéria, México, Eslovênia, África, Argentina, Filipinas, Chile e Áustria.
“Nós somos agente catalizador de informação e capacitação. Então, nós escutamos muito os participantes, palestrantes, mediadores para sabermos que caminho iremos tomar, quais são os prós e a gente sempre faz pelo menos três reuniões pós-evento. Nós vemos que o Congresso tá crescendo com muitas novidades para os participantes. E isso nos motiva. Trouxemos nesse último Congresso painéis sobre suicídio e depressão, cigarro eletrônico e a questão da legalização da maconha. Para mim e para meu irmão o que importa é salvarmos vidas”, afirma Martelli.
Inclusive ele defendeu um sistema de prevenção nacional mais robusta feita pelos próprios agentes, por meio de pesquisa mais prática, de maneira contínua onde são criados indicadores para mudar os hábitos culturais dos brasileiros, como a experimentação precoce de álcool e outras drogas em casa com aval dos pais.
“Nesses 8 anos que atuo, a Senapred é a única que está dando uma atenção mais especial à prevenção com informações, campanhas de mudança de hábito que custa 20 vezes menos do que o tratamento. A evidência científica na prevenção funciona quando você trabalha com capacitação. Se não for feito isso nas escolas, nas famílias, nas comunidades, nós nunca vamos conseguir resolver o problema de drogas no Brasil. Os últimos números de 12 anos atrás nos dizem que a cada 200 dependentes só 0,5% ficam limpo para o resto da vida. E de cada 10 que faz tratamento, só 3 ficam ali por 1 ano e só 1 para o resto da vida. Então, os números mostram que o caminho é prevenção para diminuir a demanda”, finaliza Martelli.
ASCOM Imagine Acredite