Desde que foi iniciado em 1º de janeiro de 2019, o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) tem sido muito criticado por opositores, setores da imprensa nacional, bem como de segmentos sociais que atuam baseado em suas ideias ao invés daquilo que realmente é necessário para o bem do Brasil e dos brasileiros. E muitas dessas críticas foram direcionadas a nova Política Nacional Sobre Drogas e todos os benefícios que ela trouxe consigo.
Naquela época, setores da grande mídia nacional a atacaram ferozmente com discursos que a classificavam como um grande retrocesso, pois endureceria o tratamento de dependentes químicos num país em que – segundo eles – não vivia uma epidemia de drogas como falava o então Ministro da Cidadania, Osmar Terra. Ressalte-se que nesta batalha pela vida, Terra acabou deixando o primeiro escalão do governo federal, por conta de investidas da indústria da cannabis que davam conta de supostas irregularidades no Ministério da Cidadania. Nada provado.
E por isso, mesmo fora do MC, a PNAD seguiu firme com o seu novo foco: a promoção da abstinência e não mais a redução de danos, a qual foi considerada muito perigosa pela Diretora do Departamento de Prevenção e Cuidados e Reinserção Social da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania (Senapred/MC), Cláudia Gonçalves Leite. Em sua ótica, a questão do uso de drogas é algo extremamente complexo e que possui múltiplas facetas.
“O uso de drogas envolve fatores culturais, educacionais, familiares, psicológicos, emocionais, dentre outros. O usuário pode ser levado às drogas por influência do seu ambiente social ou pode ser levado às drogas por motivações eminentemente individuais. Particularmente, entendo que houve erros e acertos na política sobre drogas na última década”, avalia Cláudia Leite.
E completa: “A priorização que foi conferida à política de redução de danos em determinado período foi um caminho de alto risco. Se estiver muito difícil resolver um problema, não significa que você deve se adaptar a ele, embora alguns nem considerem que o uso de drogas seja um problema. Porém, não considerar as drogas como um problema é uma posição claramente ideológica que não sobrevive quando confrontada com os fatos e as estatísticas referentes aos danos individuais e coletivos causados pelo uso de drogas”.
Para Cláudia, em 2017, houve grandes avanços no país com a Nova Política de Saúde Mental, e em 2019 com a instituição da Nova Política Nacional sobre Drogas e a Nova Lei de Drogas. “Elas trazem uma nova perspectiva quanto à prevenção, ao tratamento, com foco na abstinência, e à reinserção social dos dependentes químicos em todo o país”, justifica.
E o resultado pode-se notar na prática, pois o Governo Federal passou a concentrar ações de forma simultânea nas áreas da Redução da oferta por drogas, por meio da Secretaria Nacional Antidrogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SENAD/MJSP); e da Redução da demanda por drogas, via Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania (Senapred/MC).
Na edição anterior da Revista Imagineacredite trouxemos um Raio-X de toda essa política que tem resistido bravamente em meio à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e aos graves ataques daqueles que não querem um Brasil realmente livre das drogas. Por isso que nestes últimos oito meses podemos elencar uma série de ações desencadeadas que mostram não somente a força da nova política, como também a maneira acertada com a qual ela tem sido conduzida.
Obs. Você vai ler tudo em dez laudas na segunda edição da Revista ImagineAcredite, que será lançada em setembro próximo. Aguarde!!!
Por Sérgio Botelho Junior