No próximo mês de dezembro, o Governo do Brasil defenderá sua posição contrária à redução do controle internacional da cannabis, na Comissão de Narcóticos da Organização das Nações Unidas (CND/ONU). A reafirmação da posição antidrogas, desta vez em âmbito internacional, se deve a rejeição dos integrantes do Conselho Nacional Antidrogas (CONAD), de seis pontos que serão analisados pela comissão no final do ano.
A decisão do CONAD ocorreu de maneira unânime, o que serviu para mostrar que o órgão está trabalhando em sintonia com o Governo Federal para a construção de Políticas Públicas efetivas para o enfrentamento das drogas no país. E como o Brasil é signatário da ONU, que apresenta um sistema de controle internacional de substâncias psicotrópicas, que funciona por meio de Convenções Internacionais, os brasileiros temem a aprovação das recomendações.
Por isso, o Governo Brasileiro alega que, se aprovadas pela CND, às recomendações da OMS afetarão negativamente, no Brasil, o controle da cannabis e de substâncias relacionadas. Uma vez que a flexibilização da fiscalização da cannabis somente contribuirá para a redução da percepção de risco do seu consumo, favorecendo a uma caminhada rumo a legalização do consumo recreativo, que pode gerar aumento no número de mortes, acidentes e também de dependentes químicos. Uma vez que a erva também é porta de entrada para outras drogas.
Diante desse avanço junto ao CONAD, o Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro Jr., comemorou a decisão do mencionado conselho. “A redução do controle internacional da cannabis iria piorar nossa em situação em dois cenários: 1º no que diz respeito ao uso recreativo, que vem aumentando e muito em todo o mundo e, no Brasil, é bem sabido, por conta de vários estudos científicos, que o uso recreativo da cannabis causa uma série de problemas de saúde. Nós temos uma série de problemas sociais e precisamos racionalizar o combate a cannabis, pois também temos problemas que originaram o tráfico de drogas e a procura por segurança”, disse o SENAPRED.
Por Sérgio Botêlho Junior