No último final de semana, a Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (FEBRACT) se posicionou sobre artigo publicado em suas plataformas digitais sobre a utilização da ibogaína no tratamento de dependentes químicos. O texto foi produzido por um grupo de teóricos e, posteriormente, rejeitado pelo conselho da federação. Tal situação culminou com a emissão de uma errata sobre a posição da Instituição como um todo.
Além disso, após o ocorrido, a federação emitiu uma nota afirmando ser contrária a utilização da ibogaína no tratamento da dependência química. Uma vez que a substância carrega consigo sérios riscos à saúde mental e a própria vida do acolhido em recuperação. A FEBRACT ainda ressaltou que a Ibogaína não é uma substância regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e salientou que as comunidades terapêuticas não são o ambiente adequado para a utilização da droga.
“Portanto, a FEBRACT não defendeu em nenhum momento a utilização de ibogaína, muito menos em serviços como as Comunidades Terapêuticas. A FEBRACT sempre defendeu e defende a total legalidade das ações das Comunidades Terapêuticas, assim como o alinhamento às evidências científicas vigentes para todos os protocolos de atendimento desenvolvidos pelas CTs, portanto em hipótese nenhuma estimula qualquer Comunidade Terapêutica a utilizar nenhum meio de tratamento que não aquele que preserva ao longo de seus 30 anos”, encerrou a Federação em texto assinado pelo Presidente Luis Roberto Sdoia e pelo Presidente Executivo Ricardo Valente.
Por Sérgio Botêlho Júnior