Ericka Filippelli trabalha os direitos das mulheres com os acolhidos e seus familiares nas CTs do DF

Nessa quinta-feira, 2, a secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, foi recebida pelo fundador da comunidade terapêutica Caverna do Adulão, Lúcio Mendonça, com objetivo de trabalhar os direitos das mulheres com os dependentes químicos, além de promover o cuidado e assistência para os 115 acolhidos que buscam mudar sua história. Localizada em Planaltina – DF, a CT está em funcionamento há 15 anos e já conseguiu salvar mais de 5 mil vidas e conta com 11 profissionais contratados, entre eles 2 psicólogas, 1 psiquiatra, 4 estagiários Assistentes Sociais e 1 professor de informática, além de voluntários.

“Eu vi a seriedade com que os homens são acolhidos e mais do que isso, a gente vê aqui a perspectiva realmente de construir um trabalho em conjunto. Existe uma linha muito importante, dentro da política pra mulheres, a recuperação de homens, principalmente a ressocialização com relação a questão da mulher mesmo. É uma linha que foi estabelecida pela Lei Maria da Penha e que hoje no país, infelizmente, a gente tem poucos trabalhos relacionados a isso”, observa a secretária.

Na oportunidade, o fundador contou para a secretária que recebeu um chamado de Deus, enquanto viajava, para resgatar as vidas do mundo das drogas. “Eu nunca usei drogas, não tinha nenhum parente na época que usava. Então foi um chamado e um desejo para ajudar as pessoas”, pontua o pastor que agradeceu a presença da secretária. “É muito importante quando se dispõe em vir nos visitar, porque consegue visualizar as nossas necessidades, abrir as portas pra que a gente possa conseguir mais recursos para atender mais pessoas”, diz o pastor que ainda detalhou a metodologia de recuperação da CT.

“Nós temos a terapias individuais e de grupo, palestras, cursos de informática e barbeiro, apoiamos os estudos na escola. Eles despertam às 6h, temos uma palestra antes do café da manhã. Depois temos a terapia ocupacional e a de grupo. Por volta de 12h tem o almoço. Às 14h tem as terapias de grupo, individual e atendimento na assistente social. Aí às 16h é lazer, tem futebol, sinuca, dominó, pingue-pongue e televisão. Depois do lazer temos o jantar servido às 19h e às 20h temos um culto. Às 21h é o período que eles se organizam para dormir às 22h. São 10 acolhidos por quarto com banheiro, no período de doze meses”.

Na ocasião ele explicou que os acolhidos, aos domingos, recebem visitas de seus familiares e, após 90 dias, têm o direito de passar 1 fim de semana em casa, a cada 15 dias. Após 5 meses, o direito se estende para todos os fins de semanas. É importante frisar que o tratamento é de forma voluntária e sem custo para a família, tendo em vista que a CT é credenciada no governo federal.

Ascom Imagineacredite

você também pode gostar...