Na vida precisamos de amor, esperança, presença de família e, acima de tudo, Deus para nos dar suporte durante a nossa caminhada. E a respeitada instituição Casa do Menor São Miguel Arcanjo, que completa 35 anos em 2021, acolhe as crianças, os adolescentes, os jovens e adultos como família e oferece uma nova oportunidade para serem protagonistas de sua história. Por isso, a ImagineAcredite entrevistou com exclusividade o Bispo Dom Gilson, da Diocese de Nova Iguaçu, para dar seu testemunho sobre a importância da obra social fundada pelo Padre Renato Chiera e Lúcia Inês.
Ao conhecer o padre Renato, Dom Gilson ficou admirado pelo respeito e carinho que o padre tem com os meninos de rua abandonados a margem da sociedade, bem como pelo trabalho desenvolvido junto a igreja Católica. A título de curiosidade, padre Renato construiu a matriz e mais de vinte igrejas. “O padre Renato veio pra Diocese como Sacerdote Fidei Donum, lá da Diocese de MONDOVÍ (CUNEO), Itália, pra prestar um trabalho pastoral, como todos os padres estrangeiros que vieram pra cuidar de paróquia, cuidar do povo. A inserção dele na vida do povo, na vida da cidade, nos lugares onde ele estava, era uma inserção pra valer. Ele via as necessidades”, explica Dom Gilson.
Segundo Dom Gilson, a primeira necessidade para o padre Renato era construir a Comunidade de Fé e ao mesmo tempo ir ao encontro das pessoas na situação concreta em que elas estavam. “Sobretudo depois com o passar do tempo, ele viu a situação da carência familiar, especialmente dos jovens. Então, as coisas estão profundamente ligadas, construir a Comunidade de Fé leva a pessoa necessariamente a se interessar concretamente pelo irmão na situação em que ele se encontra. Então o padre Renato se deixou também tocar, sentir o apelo de Deus por essas ovelhas que não tinham pastores. As duas coisas pra mim tão muito ligadas, tanto a construção da Comunidade de Fé, como também depois o trabalho, que veio a seguir da Casa do Menor”, opina.
Para o Bispo, a Casa do Menor representa para Diocese a presença do amor de Deus, que atende semanalmente mais de 1.000 jovens oferecendo cursos de capacitação e a presença espiritual. “A Casa do Menor significa a presença de um Deus que ama e que se interessa. Porque quando a gente vê tantas necessidades, tantas carências, tanta violência, abandono, talvez a gente possa se perguntar, onde é que está Deus em tudo isso, e de repente, a gente responde, bom, Deus está com a gente. E tem muitos sinais dessa presença de Deus com o povo sofrido. Então a Casa do Menor, pra mim, tem essa dimensão de ser uma presença da igreja. A Casa do Menor chega aonde as vezes nossas paróquias não conseguem chegar, nossa atividade pastoral não chega”, revela Dom Gilson, ao garantir que a Casa do Menor abriu fronteiras e conseguiu atingir a todos que precisam ser amados e acolhidos.
Dom Gilson ainda deixa como mensagem aos jovens que não devemos perder a esperança e precisamos acreditar na força do amor, especialmente na família. “Num mundo de tantas negações, onde a gente, às vezes, vê negados os direitos e as possibilidades. A gente pode, talvez, nessa fase da juventude, dizer, bom, mas o que vai ser a minha vida? Qual o futuro que me espera? Não deixar que te roubem a esperança. Acho que essa é a mensagem fundamental. E depois aquela de reencontrar o sentido da família. A Casa do Menor tem mostrado pra nós que de fato o que as pessoas mais precisam pra ser felizes, não é ter tanto dinheiro, não é conquistar sucesso, coisas que hoje se fala tanto por aí, mas é ter amor. Então, acreditar também que o amor realiza a vida, que o amor transforma a realidade, é isso que a Casa do Menor também tem feito, transformar a realidade através do amor, mas um amor que se concretiza nos gestos. Então, diria isso, não perder a esperança”, finaliza.
Ascom Imagineacredite