A atual gestão do Ministério da Cidadania vem fazendo história ao investir em políticas públicas na recuperação de dependentes químicos, por meio de vagas financiadas em comunidades terapêuticas que oferecem acolhimento, tratamento e reinserção social. E, na manhã desta terça (21), para “fechar o ano com chave de ouro”, foi assinado o Termo de Abertura de mais 6.337 novas vagas em 203 instituições, que participaram do Edital 17/2019. Somadas, até o final de 2021, serão 17 mil vagas custeadas pelo governo federal, em cerca de 500 CTs, por meio da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas. O objetivo é atingir 24 mil vagas em 2022.
Para o ministro da Cidadania, João Roma, é fundamental reconhecer o trabalho das entidades que já salvaram, entre 2019 – 2021, mais 80 mil vidas. “Precisamos cada vez mais destacar as comunidades terapêuticas, que tem um trabalho brilhante em salvar vidas, mudando de fato o destino de muitas pessoas e suas famílias, oferecendo ao cidadão a possibilidade de transformação social. Cada de um de nós temos uma trajetória e muitos desafios acontecem durante essa caminhada, e sabemos o quanto é importante termos esperança. Nós buscamos uma sociedade que tenha mais dignidade e acolhimento. Com a participação das CTs, nós observamos que recuperar dependente químico vai muito além de um trabalho clínico”.
“Nós do governo federal saímos de 11 mil vagas financiadas e passamos para 17.300 vagas, são 6.300 a mais. Graças ao trabalho do ministro João Roma, no Congresso Nacional, conseguindo o valor de R$ 78 milhões para seguir na ampliação do número de vagas tão importante pra que a gente possa reduzir as barreiras de acesso para as pessoas com dependência química aos cuidados das CTs, que tem realizado um trabalho de grande relevância para o Brasil ao longo dessas últimas cinco décadas”, pontua o Senapred, Dr. Quirino Cordeiro.
Segundo o presidente da Confederação Nacional de CTs, Edson da Costa, o ministro Roma, o Senapred Dr. Quirino e sua equipe não mediram esforços em articulações para atender todas as reivindicações do segmento. “São grandes conquistas. Este governo, do presidente Jair Bolsonaro, tem sido um diferencial muito grande porque os dependentes químicos são vistos e assistidos. Eu creio na mudança do ser humano e Deus ocupa um momento crucial na recuperação. As CTs são um local onde os bons samaritanos levam aquele semimorto para ali ser cuidado. Cuidar das pessoas exige responsabilidade. É preciso fazer o bem de uma forma muito eficaz”.
O ministro da Cidadania, João Roma, junto ao secretário de Desenvolvimento Social, Robson Tuma; o Senapred, Dr. Quirino; e o presidente da CONFENACT, Edson Costa, assinaram o documento. A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, acompanhou a cerimônia e assinou como testemunha.
Doação de Imóveis
Ainda durante o evento, o ministro Roma assinou as Portarias 721 e 722 que regulamentam a doação de imóveis recebidos do Fundo Nacional Antidrogas (FUNAD) às Organizações da Sociedade Civil que atuam na redução da demanda de drogas e estabelecem os mecanismos de monitoramento, acompanhamento e controle.
“Com essas assinaturas, nós teremos a chance de pegar bens que antes serviam ao tráfico e colocar para realizarem um trabalho justamente ao contrário, de recuperação e de reinserção dos nossos dependentes químicos. E a primeira CT a receber um imóvel será a Fazenda Renascer, em Minas Gerais, que é referência nesse trabalho de política sobre drogas em todo o Brasil. E, hoje, com toda a justiça, pode ter em seu nome esse imóvel que está sendo usado para acolher e recuperar os nossos jovens, homens e mulheres, que estavam na dependência química. Eu reconheço o trabalho do nosso ministro João Roma que deixará seu nome escrito na história”, diz o parlamentar Biondini.
Campeões da Vida
Durante a solenidade, os convidados se emocionaram com o testemunho de Márcia Silva dos Santos, ex-dependente química que se recuperou na CT Missão Resgate, na Paraíba, e fez o curso Brasil Mais Empreendedor, oferecido pelo Ministério da Cidadania, e, ao término de seu tratamento, abriu seu próprio restaurante.
“Graças a Deus, há pessoas como nosso presidente Bolsonaro, o ministro Roma, pessoas com o coração sensível que acreditam que na ressocialização. Hoje estou há mais de 10 anos limpa. Eu posso dizer que sou um milagre. Eu me envolvi nas drogas por volta dos 14 anos e achava que eu tinha controle. Aos 23 anos, com 10 meses de casada, meu esposo me deixou porque ele disse que eu havia destruído a minha vida e não ia permitir acabar com a dele. Eu perdi a dignidade, o caráter. E foi quando Deus me apresentou a Valquíria e eu entendi que tinha uma doença. Depois de 10 anos eu nunca mais quis provar as drogas”, relata Márcia, que recebeu a medalha de Campeões da Vida, um projeto que conecta esporte e reinserção social.
Celebração Ecumênica
Na ocasião, o Sacerdote da Paróquia Sagrado Mercês, representante da Sociedade Civil no Conselho de Políticas sobre Drogas do DF e fundador da Pastoral do Empreendedor e do Projeto CAENA – Frei Rogério Soares; e o Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, eleito deputado federal em 2019 e primeiro Vice-Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa – Bispo Ossesio Silva, realizaram uma Celebração Ecumênico em Ação de Graça.
“Nós temos um patrimônio espiritual no tratamento dos nossos irmãos em recuperação nas CTs que a gente oferece o sentido da vida. As drogas exercem um poder muito grande na vida de uma pessoa, muito maior do que ela mesma. Então é necessário um poder superior, Deus que é maior do que tudo pra que possa fazer frente a essa força da droga. Eu percebo que as pessoas querem sair das drogas, não querem viver naquela situação, só que elas não têm forças. É necessário ajuda de outras pessoas, comunidades terapêuticas e Deus no centro. Quando elas se abrem para Deus, esse grande poder, Deus que age e elas conseguem a libertação”, afirma Frei Rogério em entrevista.
ASCOM IMAGINEACREDITE