Uma história de conversão e superação

Quem conhece o fundador e diretor-executivo da revista e portal ImagineAcredite, Sérgio Botelho Junior, não imagina o testemunho de superação que carrega em sua vida. Nascido em João Pessoa, capital da Paraíba, filho de funcionários públicos aposentados e irmão de duas mulheres, ele viu sua vida mudar aos 15 anos quando começou a frequentar baladas com amigos, onde teve o primeiro contato com as drogas.

“Naquela época era uma coisa muito mágica. Logo cedo eu provei cigarro e depois a maconha. Aos 17 anos de idade, eu tive meu primeiro emprego, trabalhei dois anos com meu cunhado e depois eu montei minha primeira empresa. Com 21 anos, eu tinha três lojas de segurança eletrônica dentro na minha cidade. Paralelamente a isso, eu estudava e usava uma droga aqui, outra ali. Depois, concluí meu curso de jornalismo, radialista, repórter fotográfico e enveredei para a Assessoria de Imprensa. Em 2002, eu vim pra Brasília para trabalhar com o senador José Maranhão e foi nesse período que eu me envolvi com cocaína. Eu cheguei num certo momento que eu não estava mais conseguindo nem trabalhar e usava todos os dias”, descreve.

Quando Botelho percebeu que estava no “fundo do poço”, recorreu a ajuda de sua mãe em busca de uma libertação. Ele, que era ateu, teve a oportunidade de conhecer o amor de Deus ao ser acolhido na Fazenda da Esperança. “Eu fui para passar um mês e acabei passando seis anos. O padre Luís de Menezes, que foi o primeiro que me recebeu na Fazenda, me deu um livro “Fé e Razão” e disse: “Sérgio, você trabalha muito com a razão e com pouca fé”. Eu acreditava naquilo que eu via. Isso era mais a razão, mas por trás disso tinha a fé, de um Deus que faz com que a gente se realize. Então, me encantei pela proposta da obra, o carisma da unidade, Jesus entre nós, a igreja, as canções, as celebrações, o ritual da missa e isso me ajudou muito”.

Após o período de recuperação, de doze meses, Botelho retornou para o convívio família e voltou a exercer a profissão de Assessoria. Após um período, recebeu uma carta do Frei Hans que dizia assim “Estamos em época de guerra. Estais sendo convidado a dar de graça o que de graça receber. Pede demissão do teu emprego, despede da tua família, compra a tua passagem, vem e segue-me”. Nesse período, viajou para o México e, posteriormente, para a Guatemala, como Missionário, onde ficou 1 ano e 2 meses para ajudar a construir a Fazenda no país. Ao retornar para o Brasil, fez escola de comunhão e, posteriormente, ficou responsável pela Fazenda da Esperança de Florianópolis.

Nesses 20 anos, viajou para vários países com os fundadores da obra, entre eles Argentina, Jerusalém, Alemanha e Bélgica. “Sempre me alimentando dessa espiritualidade e buscando o caminho da unidade, da presença de Deus. Depois eu fui pra Sergipe trabalhar com o bispo diocesano de Propriá, Dom Mário Rino Sivieri, onde passei a morar um tempo com ele no Palácio Episcopal. O bispo co-fundador das Fazendas das Esperança, sendo que fundou 3 no estado, duas masculinas e uma feminina. Então, eu fui captar recursos para as Fazendas do Estado de Sergipe. E depois eu vim pra Brasília para atuar no Congresso Nacional, no mesmo lugar que há 20 anos eu saí pra me recuperar”, diz.

Segundo Botelho, o apoio familiar foi essencial em sua recuperação. “O grande problema da dependência química e alcoólica está dentro da família. Quando uma pessoa sai de casa pra buscar droga na rua é porque não encontra felicidade dentro da casa dele. Porque se ele tivesse a alegria de ter sido acompanhado pelo pai, a mãe, ele não saia para buscar o prazer da droga. Por isso, a comunidade terapêutica é importante, porque nesse processo de recuperação faz com que as pessoas se perdoem”, afirma.

Um sonho realizado

Com o coração em gratidão, Botelho, pai de Lucas e Maria Clara, volta para Brasília com o objetivo de transformar a sua história e de pessoas que sofrem com o flagelo das drogas e buscam uma nova oportunidade. Para isso, aproveitou a visibilidade da profissão de jornalista e empresário para divulgar a nova Política sobre Drogas, do governo Bolsonaro, que defende a abstinência e reconhece o trabalho das CTs como serviço essencial. Inclusive, o governo federal financia 17 mil vagas, em mais de 500 CTs, pela Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministério da Cidadania.

“Através da Fazenda da Esperança, do Frei Hans, do Adalberto Calmon, eu comecei a conhecer pessoas em Brasília ligadas a essa política, como o Dr. Quirino, Senapred, e toda sua equipe, o presidente Bolsonaro e o governador Ibaneis. E foi a partir de uma conversa com o secretário que veio a ideia de criar o site e a revista ImagineAcredite. Eu me envolvi com as CTs do Distrito Federal e a nível nacional, com as grandes lideranças do movimento, conheci parlamentares e ministros que atuam nessa área. Hoje a gente tem revista que é reconhecida no governo federal e distrital, nas CTs a nível nacional e local. Além da revista e do site, temos a agência de publicidade e agora estamos criando o Instituto Imagine Acredite, que é um braço social de todo esse trabalho, que visa capacitar os acolhidos e captar recursos para realizar projetos d autossustentabilidade nas CTs”, pontua.

Outra novidade fica por conta da criação da Federação de Comunidades Terapêuticas do DF e entorno, presidida por Sérgio Botelho Junior, com o propósito de captar recursos para que as essas CTs se mantenham e acolham o maior número de pessoas que passam pelo problema da dependência química e alcoólica. “A comunidade é uma maneira que tem de fazer o dependente químico reaprender novos hábitos, como a hora de acordar, dormir, comer, agradecer a Deus e encontrar-se consigo. Então a política da abstinência dá essa oportunidade. E a grande solução pra todos esses males que afligem a humanidade como um todo, é o ser família. Enquanto a família não entender que o filho não precisa de presente e sim de presença de pai, de mãe, de amor, eu tenho certeza de que o filho não vai buscar droga na rua”, observa.

Vale ressaltar que a revista circula com exclusividade nos Governos Federal e Distrital, Ministérios, Congresso Nacional, Tribunais Superiores, Setores Hoteleiros Sul e Norte do DF e Comunidades Terapêuticas. Como a revista é informativa, tem as editorias de Cultura, Turismo, Religião, Ativismo, Testemunho, Esportes e a Destaque para tudo relacionado a nova PNAD.

ASCOM

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