Na manhã desta quarta-feira, 11, o Brasil deu um passo significativo para o futuro. Em solenidade com a presença do presidente Lula e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, autoridades, empresários e líderes do setor tecnológico se reuniram para celebrar um marco na indústria nacional: um investimento recorde de R$ 85,7 bilhões até 2035, que promete acelerar a inserção do país na era da inteligência artificial, da robótica e das tecnologias de ponta. Ao todo, serão R$ 186,6 bilhões entre recursos públicos e privados. O jornalista Sérgio Botelho Junior acompanhou o evento.
O anúncio foi feito durante o lançamento “Missão 4” do programa Nova Indústria Brasil, trazendo esperança e reforçando o potencial do Brasil para se consolidar como protagonista na revolução digital global. Entre os serviços estão, por exemplo, um aumento na fabricação de chips, fibras óticas e robôs, instalação de datacenters e computação em nuvem. A promessa é que, com esses avanços, o país aumente sua produtividade bem como gere novos empregos qualificados e fortaleça a educação tecnológica.
Segundo o governo federal, do total, R$ 560 milhões serão destinados ao Brasil Mais Produtivo, programa nacional de apoio a micro, pequenas e médias empresas. A expectativa é que as empresas a serem atendidas pelo programa alcancem a “fronteira tecnológica” ao final do processo, com a utilização de Big Datas, IoT (internet das coisas), impressão 3D e inteligência artificial.
“A transição e transformação digital é ponto estratégico e fundamental para o avanço do Brasil, com investimentos em data centers, chips e semicondutores e energia fotovoltaica”, aponta Alckmin.
Entre os investimentos privados estão a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com R$ 34,8 bilhões; Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), com R$ 24,8 bilhões; a Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil), com R$ 16 bilhões: e a multinacional Amazon, com R$ 10,1 bilhões. Participaram também do anúncio os ministros Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).
Semicondutores
Durante o evento, o presidente Lula sancionou a lei que incentiva a produção nacional de semicondutores. Serão R$ 7 bilhões por ano (R$ 21 bilhões até 2026) para estimular investimento em pesquisa e inovação nas cadeias de chips e eletroeletrônica, com aplicações voltadas para painéis solares, smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos associados diretamente à chamada indústria 4.0. A lei cria o programa Brasil Semicon, aperfeiçoa o Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico à Indústria de Semicondutores) e prorroga a Lei de TICs (Lei da Informática), prevendo incentivos adicionais a produtos desenvolvidos com tecnologia nacional (Tecnac), além de créditos percentualmente maiores para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Ainda na área de semicondutores, a Finep anuncia na cerimônia a abertura de linhas de crédito de R$ 4,5 bilhões. Essa linha está incluída nos recursos que a Finep, o BNDES e a Embrapii já estão oferecendo e contratando no âmbito do Plano Mais Produção desde o ano passado.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
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