Durante a 13º Convenção Brasileira de Hospitais, realizada em Salvador, o Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro Júnior, defendeu um modelo de tratamento do dependente químico que respeite as necessidades de cada um deles.
“Não há mais no País a possibilidade de encararmos de maneira preconceituosa e estigmatizante os cuidados e tratamentos, como vinha ocorrendo. A sociedade brasileira precisa de uma rede ampliada e diversificada, e o tratamento deve acontecer de acordo com as necessidades clínicas das pessoas e não baseadas em questões ideológicas como vinha acontecendo no Brasil”, enfatizou.
Segundo o secretário, o trabalho de todos os envolvidos no tratamento da saúde mental e dependência química precisa ser articulado para tornar as ações e os resultados mais eficientes. “São políticas importantes que apresentam, agora, vários pontos de convergência, fortalecendo e dando novos rumos para o tratamento de pessoas com dependência química”, explicou.
A defesa de Quirino ocorre após a publicação da nova Política Nacional Sobre Drogas, que prevê a internação involuntária do dependente químico para a desintoxicação e reforça o trabalho das comunidades terapêuticas, e da nova Lei Sobre Drogas. Com essas duas normativas, o dependente químico ganhou a oportunidade de escolher se recuperar em clínicas médicas-psiquiátricas ou em comunidades terapêuticas, que devem ter mais vagas financiadas pelo governo federal.
Além disso, vale lembrar que a Política Nacional Sobre Drogas é desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Cidadania, Saúde, Justiça e Segurança, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. E que o foco do novo governo é promover a abstinência dos usuários e não mais a redução de danos.
Por Sérgio Botelho Junior