Profissionais discutem acessibilidade para idosos no 12° Congresso do Crea-PB

O desafio de tornar as cidades mais acessíveis para a população idosa será tema de debate no 12° Congresso Estadual de Profissionais do Crea-PB. A iniciativa busca aproximar a Engenharia, a Arquitetura e o Direito em torno de um objetivo comum: criar espaços urbanos inclusivos e adequados às necessidades dessa parcela crescente da sociedade.

A proposta é resultado da atuação de Carmem Eleonôra Amorim, engenheira civil, arquiteta, urbanista e advogada, que preside a Associação Paraibana de Engenheiras, Agrônomas e Geocientistas (APEAG). Ela também integra a Comissão do Direito da Pessoa Idosa da OAB-PB e o Conselho Municipal do Direito da Pessoa Idosa de João Pessoa.

Segundo Carmem Eleonôra, o tema exige uma articulação ampla. “A acessibilidade é mobilidade urbana, e só será possível com a participação conjunta de conselhos profissionais, instituições de saúde, casas de longa permanência e governos”. Para ela, a questão vai além de soluções técnicas, envolvendo também a garantia de direitos previstos em lei.

Entre os pontos destacados estão a criação de espaços públicos acessíveis, o investimento em transporte coletivo adaptado e o uso de tecnologias assistivas. No campo jurídico, a divulgação do Estatuto do Idoso é vista como ferramenta essencial para assegurar dignidade e cidadania. “A divulgação do Estatuto e de seus desdobramentos é fundamental para garantir que os direitos e garantias individuais sejam respeitados”, acrescenta Carmem.

A defensora pública geral da Paraíba, Madalena Abrantes, também ressalta a importância de parcerias institucionais para o avanço da pauta. Ela destaca a cooperação com a APEAG e lembra que a Defensoria lançou, nesta semana, o Guia de Direito da Pessoa Idosa: Proteção, Cidadania e Dignidade, material que reúne informações práticas para assegurar o acesso da população idosa a seus direitos.

A apresentação do projeto no congresso é vista como oportunidade para compartilhar experiências, estimular novas iniciativas e fortalecer a integração entre profissionais e instituições. “É incrível ver como os diferentes saberes estão se unindo para criar cidades mais inclusivas para os idosos”, conclui Carmem Eleonôra.

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