Presidente da FCPE, Elias Cruz quer transformar Brasília na Capital da Pesca Esportiva

Brasília é uma cidade surpreendente! Quem reside em outros estados não imagina que em pleno planalto central há um imenso lago de 48 quilômetros quadrados de área, cerca de 80 quilômetros de perímetro e 38 metros de profundidade, com direito a algumas praias artificiais, diversos clubes náuticos e uma grande cadeia econômica que tradicionalmente costuma se desenvolver em regiões ribeirinhas.

Um levantamento da Marinha do Brasil divulgado pela Rádio Bandnews FM mostrou que a capital federal está na lista das cidades brasileiras com maior número de barcos registrados no país. Neste cenário está Elias Cruz, presidente da Federação Candanga/Brasiliense de Pesca Esportiva, que – em entrevista ao Site ImagineAcredite – afirmou ter um grande objetivo à frente da entidade que representa todo o Distrito Federal e a Região Integrada do Entorno (RIDE), composta por seis associações: APEP – Paranoá, APESB – São Bartolomeu, ASPAE – Sobradinho, APETAP – Planalto, ASPEGA – Gama e HAJAPEIXE – Brasília.

“Em Brasília, o principal objetivo será mostrar o potencial do Lago Paranoá e transformar a Capital da República em Capital da Pesca Esportiva”, destacou Elias que reconheceu a necessidade da participação do poder para a conquista da referida meta. “Como principal apoiador dos Circuitos Tucuna Chalenger, em Brasília; Circuito Goiano e Circuito Gigantes do Araguaia, no Goiás, onde em uma reunião de mobilidade na SRI (Secretaria de Relações Institucionais) da Presidência da República, consegui vender a ideia e convidar o Governador Caiado a conhecer e apoiar a Pesca Esportiva. Ele gostou tanto que depois de participar por duas vezes seguidas da Feira de Pesca em São Paulo, fez Goiás se tornar referência nacional. Hoje, temos o apoio da Goiás Turismo e do presidente da Comissão de Turismo, deputado estadual Coronel Adailton”, argumentou.

Cabe destacar que Brasília possui uma legislação clara a respeito da pesca esportiva, a qual é permitida no Lago Paranoá desde que exercida de forma amadora ou esportiva, nas categorias embarcada ou desembarcada. Todas as regras constam na Lei nº 7.399 de 15 de janeiro de 2024.

E para fortalecer a pesca esportiva em Brasília, Elias observou a Federação tem incentivado a realização de competições nacionais e internacionais para incentivar o turismo de pesca esportiva na capital do país, além de vários projetos sociais como: o Troféu do Mérito Ecológico, que premia aqueles que apanham mais lixo durante os torneios; o plantio de árvores, palestras em escolas com o tema ‘Peixe vivo vale mais’, concurso de redação e desenho nos municípios sede dos torneios de pesca esportiva. “Fazemos isso, porque uma mente que se abre jamais será a mesma”, justificou.

Todas as atividades educativas, segundo consta, fazem parte do objetivo da FCPE de promover a defesa e preservação do meio ambiente, bem como o desenvolvimento sustentável para garantir a biodiversidade. “Dessa forma, promovemos a pesca esportiva e amadora como meio de divulgação de informações, conscientização e educação ambiental”, pontuou Elias Cruz.

Uma vida dedicada a pesca

Elias Cruz nasceu e foi criado pescando na cidade de Goianésia-GO, situada a 170 km de Goiânia, capital de um estado que é rico em águas, tanto é que cercado pelo Rio das Almas, Rio dos Bois, Rio do Peixe, Rio dos Patos, Rio Santa Família, Rio Verde e Rio Maranhão, além de vários córregos e centenas de lagoas. Em meio a tudo isso, em 1996, ele ingressa no serviço público, mais precisamente na Presidência da República, onde teve a oportunidade de atuar em vários projetos sociais e ambientais, como: Programa Fome Zero e o Casa de Governo em Altamira-PA.

Fora dos limites da Presidência da República, Elias foi sócio-fundador da Associação de Pesca Esportiva do Gama (ASPEGA) e Associação de Pesca Esportiva Turística e Ambiental de Águas Emendadas, de Sobradinho/DF, (ASPAE), até chegar ao posto atual de presidente da Federação Brasiliense de Pesca Esportiva, até março de 2025. Ele também foi membro do 1º Simpósio das Águas do DF e da organização de todos os torneios realizados no Lago Paranoá, bem como participou de todas as plenárias pela legislação das águas do DF. “Nessas plenárias, a minha principal finalidade foi contribuir para a difusão do uso correto das águas para o lazer, esporte e o turismo, buscando desenvolver a consciência ecológica, provando que o peixe é muito mais valioso vivo do que morto”, relembrou.

Cabe destacar que quando o assunto é pesca, Elias é um abnegado e, por isso, está sempre em busca de melhorias para o setor. “Depois de ter atualizado os números do ministério da Pesca, através do aplicativo Pesque Já, disse ao Ministro André de Paula que a pesca esportiva é a solução para a pesca de subsistência, onde queremos capacitar os ribeirinhos a guia de pesca e criar peixes em tanques redes em seu habitat natural”, comemorou.

Além disso, foi sob a sua presidência que a Federação Candanga passou a quebrar paradigmas ao mostrar que a pesca não é somente farra e putaria. “Hoje, a Federação conta com a participação de várias mulheres e crianças nos torneios, resgatando cada vez mais as famílias de pescadores e conscientizando de que o lema é Pescar e Preservar”, enfatizou.

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