Na manhã da última quarta-feira, 30, em solenidade realizada no Palácio do Planalto, o Governo Federal lançou a Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), que consiste no investimento de R$ 1,6 trilhão em projetos que visam melhorar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Jader Filho (Cidades), além do presidente da CAIXA, Carlos Vieira, entre outras autoridades e diversos empresários.
Na ocasião, o vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, lembrou que a NIB tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, baseada em elementos como sustentabilidade e inovação, bem como ressaltou que 75% dos recursos serão provenientes da iniciativa privada. “Esse volume expressivo de investimentos demonstra o acerto do foco da Nova Indústria Brasil que, neste caso, fortalecerá a infraestrutura e a mobilidade no país, trazendo bem-estar para os cidadãos ao mesmo tempo que incentiva uma indústria inovadora”, afirmou.
Presente na solenidade, o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, elogiou a NIB, ressaltou a importância de colaborar com o programa e informou que na Missão 3, o banco aportará R$ 63 bilhões. “A CAIXA participa, nesse segmento, com o mesmo empenho, com a mesma dedicação, com a mesma força, como ela participa no final dessas cadeias, que é cedendo crédito para a população brasileira, seja na forma de crédito imobiliário, microcrédito ou com outros tipos de crédito que o banco oferta”, comentou.
Vieira também destacou que são investimentos como os previstos na NIB que fazem o país se desenvolver de verdade. “Em 2009, o presidente Lula lançou o programa Minha Casa, Minha Vida e a indústria da construção civil no Brasil conseguia produzir 500 unidades habitacionais em 48 meses, com o entendimento, importância, dedicação e o foco dado na industria brasileira, hoje, para a mesma quantidade de unidades habitacionais, ou seja 500 unidades habitacionais, o setor da construção civil consegue fazer em 18 meses”, lembrou o presidente da CAIXA. “Não é porque tenha mágica em torno disso, é porque o setor acredita no Governo, é porque o setor foi buscar novas tecnologias e são essas tecnologias.
Cabe destacar que antes da solenidade, a CAIXA celebrou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que poderá atuar como agente financeiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com um orçamento de R$ 12 bilhões, para financiar projetos de saneamento ambiental e mobilidade urbana. Segundo a CAIXA, as ações previstas no acordo são voltadas para investimentos e cooperação nos programas Nova Indústria Brasil (NIB), Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e Plano de Transformação Ecológica (PTE).
Em consonância com Carlos Vieira, o ministro-Chefe da Casa Civil, Rui Costa, destacou que a Nova Industria Brasil é mais uma medida para consolidar o crescimento sustentável do Brasil. “Quem apostar não apostar no Brasil vai perder, porque nós faremos tudo e esse governo caminhará unido para garantir a continuidade do investimento privado e público, fazendo diálogo e os ajustes necessários para a economia seguir o seu rumo. E quando digo política de Estado, planejamento de Estado, é porque isso é feito a longo prazo e qualquer nação do mundo que se desenvolveu, que não optou por voo de galinha, mas por um crescimento de longo prazo, fez isso dialogando com a sociedade, com o setor político e, por isso, nós estamos fazendo isso de forma consistente com o Congresso Nacional”, argumentou.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, observou que graças a lei aprovadas pelo Governo Lula, o crédito está passando por uma leve transformação. Ele também afirmou que a reforma tributária que está em discussão é a maior já vista no regime democrático brasileiro, que ela será sancionada ainda em 2024, que a matriz energética nacional chama atenção do mundo e que o foco, a partir de 2025, será o de trabalhar para que o sistema tributário brasileiro esteja a altura do mundo desenvolvido. “O Brasil não tem razão para não crescer. Nós temos tarefas a cumprir, como todos os países têm, mas estamos atentos aos desafios e temos segurança em dizer que vamos avançar com reformas macroeconômicas para que o país possa continuar crescendo com justiça social”, completou.
Metas e desafios da Missão 3 da NIB
O desenvolvimento da cadeia produtiva de baterias está entre as prioridades da Missão 3. A meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) é, até 2026, ter ao menos 3% dos veículos eletrificados brasileiros circulando com baterias nacionais. A meta é chegar a 33% até 2033.
Outro objetivo é entregar, até 2026, dois milhões de moradias contratadas pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), das quais 500 mil serão equipadas com painéis solares. E, até 2033, 6,9 milhões de casas, sendo 1,4 milhão com painéis fotovoltaicos. Entre as prioridades e desafios, estão, ainda, o desenvolvimento das cadeias metroferroviárias, com seus componentes, e dos sistemas de propulsão para veículos automotores.