Pesca esportiva impulsiona turismo e desenvolvimento econômico sustentável de regiões de beleza natural

Uma atividade que tem ganhado cada vez mais adeptos ao redor do mundo é a pesca esportiva e não é difícil entender o porquê. Além de ser um esporte divertido e desafiador, onde o pescador captura e libera os animais, também tem um impacto positivo no turismo das regiões onde é praticado. De acordo com um estudo realizado pelo Banco Mundial, a pesca esportiva gera cerca de 200 bilhões de dólares por ano em atividades econômicas. Esse número inclui gastos com hospedagem, alimentação, transporte, equipamentos e serviços relacionados à pesca.

No Brasil, a pesca esportiva também tem sido cada vez mais valorizada como um atrativo turístico. Em regiões como a Amazônia e o Pantanal, por exemplo, a pesca de espécies como o tucunaré e o dourado atrai turistas do mundo inteiro em busca de uma experiência única em contato com a natureza, além de contribuir para a preservação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda. Isso porque os pescadores esportivos têm um maior incentivo para preservar os recursos naturais, já que dependem deles para continuar praticando o esporte.

Segundo o presidente da Federação Brasiliense de Pesca Esportiva, Elias Cruz, a captura de um peixe requer habilidade, paciência e conhecimento sobre o comportamento da espécie. Além disso, os pescadores precisam estar preparados para lidar com as variações climáticas e as condições do ambiente, tornando a atividade ainda mais desafiadora.

“É uma opção de lazer para toda família sem que dependa de um profissional. Mas é preciso tomar os cuidados necessários de segurança, uso do colete, cuidado com a ação do sol, equipamentos, irregularidades do terreno, com a água e com os animais na hora da devolução. Nos Estados Unidos são 37 milhões de praticantes. A China é o país que mais pesca e o Brasil é o país com maior potencial, só agora começou a ser reconhecido pelas autoridades. É o início de uma grande caminhada”, explica Cruz.

Promover o esporte e valorizar os pescadores esportivos

Nascido em Goianésia, cidade rica em água, banhada pelos quatro cantos pelo Rio do Peixe, Rio das Almas, Rio dos Patos, Rio Santa Família, Rio Anda Só e seus vários afluentes, Elias Cruz é uma figura importante no mundo da pesca esportiva no Brasil, sendo atualmente o presidente da Federação Brasiliense de Pesca Esportiva, fundada em 2013, com diversas missões como a promoção da pesca esportiva como esporte sustentável, bem como garantir que o esporte seja reconhecido e valorizado pelas autoridades governamentais.

“Sou um apaixonado pela pesca desde criança. Na pesca fui influenciado após a realização de um grande sonho. Comprei um sítio localizado em uma ilha, a beira do Rio Maranhão, no encontro com o Rio Verde, entre a cidade de Padre Bernardo e Assunção de Goiás. Por ser ali um pedacinho do paraíso, surgiu a ideia da pesca esportiva para compartilhar com os amigos um pouco dessa felicidade. Ingressei no início de 2012 na ASPAE, Associação de Pesca Esportiva de Águas Emendadas Sobradinho e logo fui Diretor de Eventos”.

Vale ressaltar que ele veio para Brasília aos 18 anos para servir ao país pela Aeronáutica. Após o concurso dos Correios, ele foi requisitado ao Ministério das Comunicações e em seguida para a Presidência da República até os dias atuais.

Garantir a preservação ambiental

No Brasil, a pesca esportiva é regulamentada pelo Ministério do Meio Ambiente e tem suas regras específicas. Há limites de captura de determinadas espécies e tamanhos mínimos para a pesca e é necessário que seja praticada de forma consciente e responsável, garantindo a preservação ambiental e o respeito às comunidades locais. Para tanto, a ImagineAcredite traz um breve resumo da ordem cronológica de como foi feita a regulamentação.

A Pesca Esportiva surgiu por meio do Código de Pesca 1967, Decreto lei 221/1967 em 28 de fevereiro de 1967, instituindo a pesca comercial com a finalidade de realizar o comércio na forma da lei. A pesca Científica com fins de pesquisa e a Pesca Esportiva com a prática de mergulho, linha de mão e outros, mas sem atividade comercial.

Em 2007, após o Decreto 6949, foi promulgada a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 30 de março de 2007. Daí a iniciativa de criar o Primeiro Torneio de Inclusão Social em Brasília. No Goiás foi estipulado o COTA ZERO, por meio da Lei 17.985/2013 e regulamentada pela IN 0002/2013 da SEMARH e por meio da IN 02/2020 fica autorizada a atividade esportiva de pesca.

O Circuito Goiano é realizado em Lagos com a pesca exclusiva do TUCUNARÉ e iscas artificiais, sendo que outras espécies não contam pontos para o torneio. No Circuito Gigantes do Araguaia, é permitido somente no Rio e não nos afluentes e lagos, com a apresentação de um exemplar de cada espécie, sendo elas a Piraíba-Pirarara-Apapá/Dourada-Barbado-Bargada-Caranha-Cachara-Cachorra-Mandubé-Matrinxã-Tambaqui e a pontuação é realizada por centímetros.

No torneio existem vários fiscais que são responsáveis para fazer a leitura dos vídeos, que não podem ter cortes, capturando e soltando devagar, sem jogar o peixe na água. Qualquer situação fora do regulamento será desclassificada a medição do peixe. Existe a premiação e troféu para quem trouxer mais lixos. Todos os participantes são previamente orientados e não existe o risco de ser burlado o regulamento.

“Paralelo ao torneio existe um trabalho de conscientização nas escolas através de palestras, teatro, plantio de mudas, redação e todos com uma premiação a parte. A Inclusão Social já acontece naturalmente com o crescimento dos municípios, com a capacitação e conscientização dos ribeirinhos que passam a ser chamados de guias de pesca. E a intenção é fazer as pessoas com deficiência sentir essa mesma emoção”, finaliza Cruz.

Próximos torneios

Para mais informações sobre a pesca esportiva e próximos torneios, acesse o site:

www.gigantesdoaraguaia.com.br

www.circuitogoiano.com

ASCOM IMAGINE ACREDITE

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