O Nordeste do Brasil está prestes a entrar em uma nova era, marcada por um investimento histórico de R$ 111 bilhões destinado à produção de hidrogênio verde, uma das mais promissoras fontes de energia limpa do mundo. Essa iniciativa, que será centralizada no Rio Grande do Norte, promete revolucionar a economia da região, bem como colocá-la no mapa global da transição energética.
O hidrogênio verde é produzido a partir de fontes renováveis, como a energia eólica e solar, ambas abundantes no Nordeste. Isso faz da região um local ideal para a implementação deste projeto ambicioso. Com essa escolha estratégica, o Brasil demonstra seu compromisso em liderar a mudança global para uma economia mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis.
A infraestrutura existente no Rio Grande do Norte, aliada aos recursos naturais da região, foram fatores decisivos para atrair esse megainvestimento. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec), os projetos de hidrogênio verde no estado têm potencial para gerar um total de US$ 20 bilhões em investimentos diretos.
O Complexo Industrial Alto dos Ventos, em Macau, é um dos principais projetos em desenvolvimento no estado. Com um investimento estimado em US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12,9 bilhões), este projeto é liderado por Nordex e Acciona, ocupando uma área de 10 hectares e com capacidade de produção de 1 GW de hidrogênio verde.
Com a previsão de criação de mais de 30 mil empregos diretos, o projeto oferece uma oportunidade única de revitalização econômica para o Nordeste. Estados como o Ceará, Piauí e Bahia também estão investindo pesadamente no desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde, com o Ceará liderando o número de projetos em andamento, somando 27 iniciativas.
O Brasil, ao investir em hidrogênio verde, reafirma sua posição como um líder em energias renováveis, com potencial de influenciar o mercado global e atrair novos investimentos internacionais.
No entanto, para que esse potencial se realize, será fundamental garantir a integração das comunidades locais no processo de desenvolvimento. Programas de capacitação e inclusão social devem ser implementados para que a população local possa participar ativamente e se beneficiar das oportunidades geradas por esse novo ciclo econômico.
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foto: CNI
