Indústria da maconha usa a pandemia de covid-19 para buscar a sua legalização

Engana-se quem pensa que a luta pela legalização das drogas no Brasil parou. Um exemplo disso é a Indústria da Cannabis está se aproveitando da pandemia do novo Coronavírus (covid-19) para manipular as pessoas, com o objetivo de fazê-las aceitar a “verdinha” como algo necessário em meio à sociedade brasileira, que já sofre com o flagelo da dependência química.

O primeiro ataque em meio a pandemia foi realizado por meio de uma reportagem divulgada pelo jornal Extra, do Grupo Globo. Intitulada “Cientistas estudam meios de cannabis ajudar no tratamento contra Covid-19, no Canadá”, a reportagem apresentam diversos aspectos que mostram a façanha por detrás do discurso que se mostra baseado em ciência. E tudo isso foi desvelado pelo secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro, ao Imagineacredite.

Segundo Quirino, o texto destaca que os resultados de pesquisa realizada por uma Universidade canadense são promissores no uso de extratos de maconha no tratamento da COVID-19 é o mesmo em que o jornalista informa que na verdade a pesquisa não foi finalizada, e que o estudo ainda não foi revisado por pares ou publicado em uma revista científica. “Ainda há informação de que não validação adicional em uma análise em larga escala e em um modelo animal e em humanos”, observa.

Quirino ainda salientou que o pesquisador canadense é CEO da empresa de pesquisa Pathway, que explora o mercado da maconha; que o referido estudo foi realizado em parceria com a Empresa Swysh, que também trabalha com o mercado da droga. “Não há qualquer pudor em misturar ciência com interesses financeiros. Isso mostra como é o “modus operandi”, a desonestidade intelectual dos envolvidos nessas ações”, lamenta.

E completa: “Outro conflito de interesses e demonstração clara da utilização da ciência – ou pseudociência – para ganhar dinheiro explorando a boa fé e o desespero das pessoas, é a informação que dá conta que os extratos de Maconha desenvolvidos pelo pesquisador foram patenteadas e atualmente estão licenciadas para a Sundial Growers, um produtor de cannabis licenciado com sede em Alberta e parceiro da empresa do cientista.

Assim, percebemos que a estratégia de vender possíveis ações medicinais da Maconha interessa apenas àqueles que querem ganhar dinheiro com isso, sem, no entanto, contar com evidências científicas para tanto. Essa estratégia também interessa àqueles que querem liberar a Maconha para uso recreativo, e buscam usar a liberação da droga para possível fim medicinal como uma etapa inicial”.

Diante de tais feitos, Quirino lamentou a publicação ressaltando que “Tudo é usado de maneira espúria, para manipular a população de possíveis ações medicinais da maconha. Criam factoides e mentem sem qualquer vergonha”.

Por Sérgio Botêlho Júnior

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