Governo Federal anuncia R$ 1,17 bilhão para educação indígena e quilombola e construção de 249 escolas


Durante evento realizado em Minas Novas (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um pacote de investimentos de R$ 1,17 bilhão destinado à ampliação da educação para povos indígenas e comunidades quilombolas. A ação integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e prevê a construção de 249 escolas em todo o país, além de obras emergenciais em territórios tradicionais e a criação de programas estruturantes voltados à educação específica e bilíngue.

Do total de novas unidades escolares, 179 serão voltadas ao atendimento de povos indígenas e 70 atenderão comunidades quilombolas. No caso das ações emergenciais, estão previstas sete escolas, dez espaços de saberes, quatro casas-escola e um centro de formação de professores, com foco nos territórios Yanomami e Ye’Kwana.

Além da ampliação da infraestrutura escolar, o governo lançou oficialmente duas novas políticas públicas: a Política Nacional de Educação Escolar Indígena e o Novo Pronacampo — que reúne ações voltadas à educação do campo, das águas e das florestas. Ambas buscam valorizar os saberes tradicionais e garantir o acesso à educação de forma contextualizada às realidades culturais e territoriais das comunidades.

No mesmo evento, o governo anunciou o Programa Escola Nacional Nego Bispo, voltado à valorização dos saberes locais e à formação de professores com base nas pedagogias tradicionais. O programa será aplicado em cursos de licenciatura e em ações de educação continuada, com o objetivo de enfrentar o racismo institucional e ampliar o reconhecimento de práticas educativas ancestrais.

Outra medida apresentada foi a implantação de um novo campus do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) no município de Minas Novas, com prioridade para atender estudantes quilombolas. A unidade contará com investimento de R$ 25 milhões em infraestrutura e equipamentos, com previsão de oferta de cursos técnicos integrados ao ensino médio para cerca de 1.400 alunos.

Durante seu discurso, Lula enfatizou a importância de políticas públicas que reconheçam e valorizem os povos tradicionais. “Estou aqui para reconhecer os saberes dos povos dessa região, valorizar os indígenas, os quilombolas, e garantir que tenham acesso à educação com respeito à sua identidade e história”, declarou.

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