Depois da vitória alcançada no início do mês de novembro, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou de pauta o julgamento que poderia culminar com a legalização das drogas no Brasil, a Marcha das Famílias Contra as Drogas passará a ser realizada anualmente. A medida foi tomada pelos organizadores do movimento durante o 6º Congresso Internacional Freemind 2019, ocorrido em Águas de Lindoia-SP.
Segundo informações colhidas pela reportagem de Imagineacredite, a data da realização anual da marcha será definida nas próximas semanas, em reunião presencial com representantes de setores da sociedade civil e de governo, que defendem um Brasil livre das drogas. Contudo, a expectativa é que ela esteja dentro do mês de junho, uma vez que este é o mês dedicado ao combate e a prevenção às drogas.
De acordo com Quirino Cordeiro Jr., Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania, a realização da marcha anual será sempre em resposta a toda e qualquer possibilidade de avanço da legalização das drogas no país, e “em favor de ações mais efetivas de prevenção por parte do Estado e de setores da sociedade, bem como de tratamento e reinserção social das pessoas com dependência química”.
Além da realização anual da marcha, na reunião, os mobilizadores estaduais da Marcha das Famílias Contra as Drogas também se mostraram preocupados com o STF, que pode a qualquer momento recolocar em pauta o julgamento que outrora fora suspenso. Por conta disso, eles decidiram manter o movimento aquecido nos 72 municípios e 20 capitais onde o movimento ocorreu e, para garantir a sua expansão, eles definiram três eixos fundamentais.
O primeiro é o de fortalecimento da mobilização da comunicação da marcha com seus integrantes e também com a sociedade, com o objetivo de aumentar o número de brasileiros cientes dos riscos inerentes ao consumo e legalização de entorpecentes. O segundo eixo foi voltado a parte operacional, no sentido de fortalecer a marcha onde ela foi realizada e firmar métodos para assegurar a sua expansão no país.
Já o terceiro eixo trata sobre a mobilização municipal. Neste ponto, a ideia é unir todos os atores sociais envolvidos na política de combate, tratamento e prevenção às drogas locais para realizarem atos junto à sociedade a fim de fortalecer a marcha naquele município onde a marcha foi realizada.
Por Sérgio Botêlho Júnior