Conferência aborda preocupação mundial com o avanço das drogas sintéticas

A 29ª Conferência Mundial das Comunidades Terapêuticas começou nessa sexta-feira (13) em Campinas, no Centro de Convenções do Shopping Parque Dom Pedro, e reúne especialistas, lideranças políticas, acadêmicos e representantes de organizações de todo o mundo para discutir estratégias e compartilhar experiências no enfrentamento da dependência química. O evento, que se estende até o próximo domingo (15), é organizado pela Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (FEBRACT) e pela Federação Latino-Americana de Comunidades Terapêuticas. O jornalista Sérgio Botelho Junior, fundador da Revista Imagine Acredite, está presente no evento para fazer a cobertura.

O objetivo da Conferência é fortalecer políticas públicas voltadas ao tratamento e à reinserção social de dependentes químicos, além de promover um diálogo inclusivo entre diferentes perspectivas. Campinas foi escolhida como sede pela relevância de suas iniciativas na área, como o manual de funcionamento dos centros de tratamento, desenvolvido em parceria com o Ministério Público e a Vigilância Sanitária local. O prefeito Dário Saad destacou a importância desses centros para a saúde pública, enfrentando um dos maiores desafios da sociedade moderna: o abuso de álcool e outras drogas.

“Os centros de tratamentos são fundamentais nesse enfrentamento ao serviço de combate ao uso e abuso do uso de álcool e drogas. Nós, há 2 anos, com a participação do Ministério Público e o Departamento de Vigilância de Saúde da prefeitura de Campinas, criamos esse Manual de Funcionamento para dar respaldo do município para o funcionamento do centro de tratamento. Esse trabalho, que é uma importante estratégia, é um instrumento importante para enfrentar essa situação que é um dos maiores desafios da sociedade moderna”, disse Dário Saad, prefeito reeleito de Campinas.

Preocupação Mundial

O deputado federal Ismael (PSD/SC), que há 30 anos atua nessa causa, destacou a necessidade de ampliar os esforços no combate às drogas. Segundo o parlamentar, o Brasil enfrenta uma realidade preocupante: em um país com 20 milhões de dependentes químicos, existem apenas 12 mil vagas disponíveis para atendimento. “Isso representa uma gota no oceano”, pontuou.

O deputado defende a criação de uma mesa de debate para definir uma nota técnica que integre as diferentes abordagens, como a redução de danos e a abstinência, considerando que 70% da legislação já existente aborda a questão, dispensando a necessidade de novas leis. Além disso, ele destacou a importância de garantir representatividade dos conselhos para evitar o isolamento das comunidades terapêuticas.

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