Na próxima quinta-feira, 15, a Casa do Menor São Miguel Arcanjo, que há mais de 30 anos atua no resgate e na promoção das vidas de crianças e adolescentes Brasil afora, voltará a trabalhar junto aos dependentes químicos. A inauguração da sua comunidade terapêutica está marcada para as 09h, no bairro Tinguá, em Nova Iguaçu-RJ.
Procurada pela reportagem do Portal Imagine Acredite, a presidente da instituição Lucia Inês, afirmou que unidade terá a capacidade de acolher até 20 pessoas, que conviverão em um regime terapêutico baseado em três princípios: convivência, trabalho e espiritualidade.
“Por isso, durante o dia, eles serão motivados a viver uma palavra do evangelho, para assim irem construindo uma comunidade que se ajuda mutuamente, que trabalha e que se mantém com os frutos deste trabalho, além de poderem contar com cursos profissionalizantes, para que eles se recuperem e tenham uma chance de serem inseridos no mercado de trabalho”, acrescentou Inês.
E completou: “Nossa expectativa é de sermos um espaço onde esses irmãos possam experimentar, primeiro: que eles são amados, que eles têm valor, que eles podem viver sem as drogas, que eles podem se manter por meio do seu trabalho, e que eles acreditem e que voltem a ser aceitos na sociedade”.
Vale lembrar que a Casa do Menor já trabalhou o com o serviço de comunidade terapêutica, mas devido às diversas atividades da instituição, o serviço foi suspenso por anos. Uma vez que a ideia da obra é prestar um bom serviço àqueles que mais precisam.
“Nós suspendemos esse serviço, porque queremos fazer algo bem-feito e a gente precisava de um tempo para organizar, preparar, e capacitar as pessoas que estarão com esses irmãos, ao invés de estar de qualquer jeito, não estar simplesmente por estar, mas sim estar capacitados para melhor amá-los e responder as suas necessidades”, argumentou Lúcia Inês.
Além disso, ela informou que a volta das atividades da Casa do Menor está baseada também sua missão enquanto instituição social sem fins-lucrativos. “Nosso carisma diz ‘Ser família para quem não tem família’. A nossa missão institucional é ir ao encontro daqueles que mais precisam, e o nosso lema é “Nós queremos aqueles que ninguém quer”. Por isso, nos colocamos a disposição para trabalhar com comunidade terapêutica, porque atualmente a população de rua é a mais rejeitada, sendo que ela, em sua maioria, é formada por usuários de drogas. Então por isso nós queremos acolhê-los e dar a eles a possibilidade de uma recuperação e de uma profissionalização aliada à sua reinserção na sociedade, na qual eles passam a ser vistos como pessoas que podem ajudar na construção desse país”, justifica Inês.
Atualmente, a Casa do Menor São Miguel Arcanjo possui diversas casas Brasil afora que podem ser utilizadas para a implantação de novas CTs, mas isso não depende dos seus dirigentes. “Nós estamos aqui para corresponder aos sinais e as vontades de Deus, então depende muito do que Deus tem preparado, porque a obra é dele”, encerra a presidente da Casa do Menor.
Por Sérgio Botêlho Júnior