Nesta quarta-feira, 10, a presidente da Casa do Menor São Miguel Arcanjo, Lúcia Inês, esteve reunida com o Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, para fechar parceria em prol dos adolescentes que estão no sistema socioeducativo. Estiveram presentes a vice-presidente da Casa do Menor, Renata Barros; o coordenador-geral de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Emerson Masullo; e a coordenadora-geral de Assuntos Socioeducativos, Giselle Cyrillo.
O projeto inovador visa transformar e ressocializar os adolescentes que estão em conflito com a lei. Em entrevista exclusiva ao ImagineAcredite o secretário Mauricio Cunha disse que a parceria é fundamental e elogiou a Casa do Menor. “Nós buscamos parceiros, organizações da sociedade civil, que tenham experiência bem-sucedida e queiram também inovar em metodologias, em políticas públicas. E a gente sabe que a Casa do Menor tem uma trajetória fantástica”, explica o secretário Cunha. A ideia é que essa experiência seja implementada em todo o Brasil.
O secretário lembrou que o sistema socioeducativo tem sofrido ao longo dos anos um grande sucateamento. Com a nova gestão estão sendo criadas 700 vagas para suprir o déficit. Para o secretário, a Casa do Menor tem a vocação de agir para transformar as vidas e são parceiras do Estado.
Ao ser questionado sobre os recursos para apoiar os projetos que beneficiem as crianças e os adolescentes, Cunha enfatizou que a Secretaria dispõe de recursos para ampliar a estrutura física. “Recebemos agora um grande aporte de recursos da Lava Jato, inclusive. Estamos com ações inovadoras na área de parceria público–privada para tornar todo o sistema mais sustentável. Mas quando diz respeito a apoiar diretamente as organizações da sociedade civil aí eu só posso fazer ou por chamamento público ou por emenda parlamentar impositiva, e os nossos recursos também são muito limitados”.
E antes de finalizar a entrevista, o secretário ainda alertou que além do Poder Público e da sociedade civil, é preciso que as famílias estejam engajadas na defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes. “A gente precisa também do fortalecimento das famílias, dos vínculos familiares na ponta, não adianta nada só trabalhar com o menino assim, com a menina assim. É preciso trabalhar com a família de origem pra que de fato ele tenha esse vínculo fortalecido, que é o que vai dar pra ele o empoderamento, as capacidades para superar essa situação”, argumenta.
Ascom ImagineAcredite