No último domingo, 20, o presidente Lula (PT), de 78 anos, sofreu um acidente doméstico no Palácio da Alvorada, que resultou em um ferimento na cabeça, e o acabou forçando a cancelar a sua participação presencial na Cúpula dos Brics que será realizada na Rússia. O ocorrido, apesar de preocupante, é um fenômeno muito presente na vida das famílias brasileiras e reforça a necessidade de se adotar medidas preventivas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, acidentes domésticos são comuns e podem afetar pessoas de qualquer idade. Contudo, durante o envelhecimento, as quedas – em especial as que acontecem dentro de casa – ficam cada vez mais regulares e perigosas.
De acordo com informações do DATASUS, no primeiro bimestre de 2024, foram registrados 17.136 atendimentos hospitalares e 9.658 atendimentos ambulatoriais, envolvendo idosos, na faixa etária de 60 a 110 anos. Em 2023, por exemplo, houve 106.401 atendimentos hospitalares e 45.684 ambulatoriais.
Diante disso, especialistas apontam que diversos fatores podem causar o aumento de quedas entre os idosos, como a fraqueza e perda muscular do corpo, efeitos colaterais de alguns remédios, perda de sensibilidade por distúrbios neurológicos, além de doenças ortopédicas ou prejuízo dos sentidos de visão e audição.
Também é importante destacar que o trauma, sofrido em decorrência do acidente, pode deixar sequelas dolorosas que necessitam de atenção. No caso do presidente, que passa bem, de acordo com seu boletim médico, a queda foi motivada por um escorregão e, por conta do traumatismo craniano sofrido, ele passará por uma série de exames ao longo da semana, enquanto poderá despachar normalmente no Palácio do Planalto.
Medidas preventivas
O acidente sofrido pelo presidente ascende um alerta para todas as famílias, principalmente para aquelas que convivem com idosos, mas elas podem ser evitadas com algumas medidas importantes, como:
– Evitar tapetes soltos;
– As escadas e corredores devem ter corrimão dos dois lados;
– Usar sempre sapatos fechados e com solados de borracha;
– Colocar tapete antiderrapante nos banheiros;
– Evitar andar em áreas com piso molhado;
– Evitar encerar a casa;
– Evitar móveis e objetos espalhados pela casa ou em corredores de circulação;
– Deixar uma luz acesa à noite, caso você se levante;
– Esperar que o ônibus pare completamente para você subir ou descer;
– Colocar o telefone em local acessível;
– Utilizar sempre a faixa de pedestres;
– Se necessário, usar bengalas, muletas ou instrumentos de apoio.
Cabe destacar que aliado a essas medidas é preciso uma abordagem interdisciplinar que envolve acompanhamento médico, exercícios físicos e dieta balanceada.
Por Thiago Farias