O ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, venceu a disputa interna pelo comando do PT nacional. O petista atingiu mais de 60% dos votos, e comandará a sigla até 2029, sendo o responsável pelas articulações para a campanha de reeleição do presidente Lula, no ano que vem.
Lula foi o principal fiador do nome de Edinho, que enfrentou três nomes de peso no partido, entre eles o ex-presidente nacional Rui Falcão. A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), vinculada ao presidente da República, também ficou em primeiro lugar, assumindo o controle do diretório. As vagas são distribuídas de maneira proporcional à votação obtida por cada agrupamento.
Um dos principais argumentos dos adversários de Edinho foi a derrota do candidato dele à Prefeitura de Araraquara, em 2024. A tese não foi suficiente para tirar o seu favoritismo, amplificado após a retirada da candidatura do prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, que também integra a CNB. Com a corrente majoritária unificada, o resultado positivo parecia questão de tempo para vir.
A vitória de Edinho reflete o poderio e influência que Lula, aos 79 anos, ainda possui dentro do partido. Se para os críticos havia queixas de “fadiga de material”, o presidente demonstra força e reitera que será com seu grupo que os aliados do governo terão que negociar.
Lula lidera as pesquisas de intenções de voto frente aos adversários no primeiro turno. Na segunda etapa, há situações de empate técnico, o que vem fazendo partidos do centrão ensaiarem candidaturas próprias ou apoio a nomes da direita. Todavia, o petista vem demonstrando a serenidade para esperar o tempo correr, já que conhece os meandros da política como poucos, e sabe que a boa parte das pré-candidaturas não vinga e serve apenas como barganha por espaços de poder. Afinal, ensina a lógica política dos pragmáticos que vale mais apoiar o rei do que tentar no sacrifício se tornar um e fracassar.
Foto: Congresso em Foco
: Ascom ImagineAcredite