No começo desta semana, quando o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), anunciou seu apoio ao colega deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), na disputa pela sua sucessão, um dos argumentos utilizados pelo alagoano foi a capacidade do paraibano de promover o convergência. Dito isso e consagrado o apoio, Motta lançou a sua candidatura e em menos de três dias conquistou apoio suficiente para ser eleito.
Segundo consta, além de Lira, do Partido Progressistas (PP) e do Republicanos, partido do qual é líder, o deputado Hugo Motta também conseguiu o apoio do Partido Liberal, que tem a maior bancada (92 deputados) e do Partido dos Trabalhadores, além do União Brasil que já rifou a candidatura de Elmar Nascimento (BA) visando bons espaços na futura gestão da Mesa Diretora.
É claro que toda articulação contou com a influência do presidente Arthur Lira, mas o grande apoio recebido nos últimos dias das bancadas de situação e oposição já demonstram a ampla confiança e prestígio que Motta dispõe dentro do parlamento. Agora resta aguardar para ver se ele conseguirá manter todas as alianças até o dia da eleição, haja vista que até lá haverão discussões polêmicas na Casa.
Mas, por enquanto, o fato é que o experiente deputado Hugo Motta tem provado para seus pares e todo o país que é, realmente, o candidato com maiores condições políticas de construir convergências. E se restar alguma dúvida, basta olhar para seus adversários: Elmar Nascimento, que terá que recuar por força maior do partido; e Antonio Brito (PSD-BA) que pouca capacidade de articulação e convencimento demonstrou até o momento.
Sendo assim, a Câmara agora caminha para eleger Hugo Motta como seu presidente, enquanto o Senado Federal assiste calmamente a pavimentação da vitória do senador Davi Alcolumbre que tem como adversário o senador Astronauta Marcos Pontes, que se lançou candidato nesta semana e não demonstrou força junto a seus pares.
Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados