No coração de João Pessoa, Paraíba, vive uma guerreira silenciosa. Catarina Leal, 41 anos, enfrenta uma batalha diária contra as metástases ósseas. Mas sua jornada é iluminada por uma aliada inesperada: a cannabis. Diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado, aos 37 anos, Catarina encontrou no CBD um alívio para os efeitos colaterais da quimioterapia.
“A médica me encaminhou para fazer a mastectomia total da mama esquerda em agosto de 2019 e, em dezembro, eu iniciei a quimioterapia. Eu passei muito mal com náuseas, falta de apetite, desenvolvi déficit alimentar. E a cannabis me auxiliou e me auxilia muito. Abriu o apetite, a controlar o sono e a ansiedade. Eu precisei parar o tratamento em 2021 porque engravidei, mas eu segui com a cannabis. A minha filha nasceu perfeita, graças a Deus, e eu consegui ainda amamentá-la por cinco meses usando a cannabis.
E, quando minha filha completou 5 meses, eu tive que voltar para o tratamento e foi onde eu descobri que estava com metástases óssea em todo o corpo, em 2022, e passei por mais um ciclo de quimioterapia. E, foi quando uma amiga trouxe o óleo da Cannabis. Eu uso a cannabis de várias formas, THC e CBD, CBG e CBN Delta 9, gomas, planta In Natura, pomadas, desodorante rollon, microcápsulas. Mas, a que mais supre a necessidade das dores e do apetite é a vaporizada, é a planta In Natura”, descreve emocionada.
Mas o caminho não foi fácil. Catarina enfrentou preconceitos e desinformação, tendo em vista que muitas pessoas ainda veem o canabidiol como algo negativo, mas para outros é um salvador. “É uma planta Sagrada que não tem que ser vista criminalmente. Eu encontro preconceitos pela minha escolha do meu tratamento. Inclusive já fui denunciada à Delegacia de Crimes contra a Infância pelo meu ex-marido que alegava que eu usava drogas na frente das nossas filhas. Mas o juiz entendeu que eu estou buscando minha sobrevida e pediu arquivamento do processo por falta de provas. A cannabis supre todas as necessidades da minha saúde”.
Além do alívio físico, o CBD trouxe a Catarina uma nova perspectiva de vida. Ela começou a se envolver em grupos de apoio e a compartilhar sua história. “Eu recomendo para quem tem direito de escolha. Não tenham medo, é um tratamento que quando a farmácia não tem mais o que nos ofertar, a cannabis resolve. Os meus médicos reagiram de diferentes formas, alguns contra, outros incrédulos e poucos a favor. No entanto, minha oncologista concorda com o uso e ainda me receita. No início, ela foi um pouco resistente, mas já prescreveu para outras pacientes além de mim por ver em mim a melhora”.
Rompendo estigmas
Catarina Leal não está sozinha. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 600 mil novos casos de câncer são esperados no Brasil a cada ano. Muitos encontram no CBD um complemento valioso para o tratamento convencional.
Apesar dos desafios, ela olha para o futuro com otimismo. “A cannabis resolve dores, a cannabis resolve Parkinson, acalma autistas, crises epilépticas, dores crônicas e outras doenças. Gostaria muito de antes de partir ver o Sistema Único de Saúde custeando o tratamento para outras pessoas sem necessidade de uma ação judicial, como foi o meu caso. É preciso que a regulamentação da cannabis no SUS seja colocada em prática. Meu sonho é ver minha voz ser falada e ouvida no Congresso, porque a cannabis salva”.
Catarina Leal é um exemplo de resiliência e esperança. Sua história ilumina o potencial do CBD na jornada contra o câncer, um relato que merece ser ouvido e celebrado.
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