Em quatro estados brasileiros, uma luz de esperança brilha graças ao trabalho incansável de um padre e sua missão de amor. Estamos falando do padre Renato Chiera, não apenas um sacerdote, mas um verdadeiro anjo da guarda para muitos, que tem dedicado sua vida a transformar o destino de crianças e jovens em situações de vulnerabilidade. Sua obra-prima, a Casa do Menor São Miguel Arcanjo, é mais do que um abrigo; é um lar, um refúgio, um lugar onde sonhos renascem.
Nascido na Itália, Padre Chiera encontrou sua vocação nas ruas e favelas do Brasil, onde a pobreza e a desigualdade muitas vezes roubam a infância. Com um coração cheio de compaixão e uma fé inabalável, ele iniciou um projeto que se tornaria um santuário para muitos. A Casa do Menor, fundada em 1986, é o resultado de sua visão e dedicação incansáveis.
“Desde pequeno queria doar minha vida para os outros. Ser padre era a maneira para fazer da minha vida um dom à Deus nos irmãos. Com 8 anos queria ser como Dom Bosco – que eu admirava e com o qual me identificava pelo trabalho que ele fazia com crianças e adolescentes desvalidos em Turim. A fundação da Casa do Menor São Miguel Arcanjo foi uma jornada verdadeiramente transformadora.
Tudo começou com a trágica morte do jovem “Pirata” – Carlos Martins. Ele era um dos muitos adolescentes em situação de risco nas ruas do Rio de Janeiro, enfrentando diariamente as duras realidades da pobreza, da violência e da negligência. A morte desse jovem foi um momento decisivo para mim. Foi um choque profundo e um chamado para a ação. Eu senti que precisava fazer mais do que apenas oferecer palavras de conforto; eu precisava criar um lugar seguro para essas crianças e adolescentes, onde pudessem crescer longe das adversidades das ruas, receber educação, cuidados e, acima de tudo, amor”, descreve padre Chiera.
Cada canto desta obra social conta uma história de resgate e esperança. Os acolhidos – crianças, adolescentes, jovens e adultos – que foram negligenciados, abusados ou abandonados encontram não apenas um teto, mas também educação, cuidados médicos, apoio psicológico e, acima de tudo, amor. A metodologia de Padre Chiera é única, focando na reabilitação e reintegração desses jovens à sociedade, proporcionando-lhes as ferramentas para construir um futuro melhor.
A influência da Casa do Menor vai além de suas paredes. Ela se estende à comunidade, criando um ambiente mais seguro e consciente sobre a importância da proteção à infância. Os programas de conscientização e prevenção desenvolvidos por Padre Chiera são vitais na luta contra a exploração infantil e na promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.
“Esses meninos precisam de uma presença de amor fiel e perseverante,
gratuito. Devemos dar a vida cada dia e sem esperar nada. Nós não podemos mudá-los, podemos somente amá-los, vendo neles o rosto desfigurado do próprio Cristo que clama por amor. A mudança depende de cada um e da sua atitude e escolhas perante aquilo que lhe aconteceram. O ser humano pode superar e ressignificar tudo e se reconciliar consigo e com a vida e com os outros. O amor cura, mas precisa amar como Deus”, afirma.
O legado de Padre Chiera é um testemunho da força do espírito humano e do poder transformador da fé e do amor. Sua jornada não é apenas uma história de caridade, mas uma lição de vida sobre a importância de estender a mão aos mais necessitados. Ao homenagear sua trajetória, celebramos não apenas um homem, mas o triunfo da humanidade em sua forma mais pura.
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