Nesta sexta-feira (11) os fundadores da Casa do Menor, Renato Chiera e Lucia Inês, estiveram em Brasília reunidos com a Secretária de Estado de Justiça e Cidadania (Sejus), Marcela Passamani, para discutir sobre a vinda da Casa do Menor para o Sol Nascente, no Distrito Federal. Estiveram presentes o Secretário-Executivo, Paulo César de Medeiro; o subsecretário de Enfrentamento às Drogas do Distrito Federal, Juvenal Araújo; e o assessor da Instituição, Sérgio Botelho Junior.
Na ocasião a secretária destacou que o governo Ibaneis está emprenhado em trabalhar duas frentes. A primeira é a prevenção e enfrentamento às drogas e a segunda é a ressocialização de adictos, seja no tratamento, quanto na capacitação. E ela se mostrou feliz com a chegada da entidade em Brasília, com a previsão de iniciar as obras já no ano que vem.
Segundo Paulo César, todo o apoio é sempre necessário e o governo vem aprimorando as parcerias com várias instituições em prol das crianças e adolescentes. “A gente tem passado em um período de pandemia que mudou muito o estilo de vida das pessoas, acabou aproximando muito mais as pessoas entre as famílias. E a gente vê a necessidade da assistência ser ampliada e até modernizada. E a gente tem que trazer sempre instituições e organizações especializadas que nos permitam dar uma prestação de serviço bem melhor”, garante Paulo César.
De acordo com Juvenal Araújo, a Sejus abarca os temas ligados à política de cidadania, especialmente as comunidades terapêuticas e a política de drogas. “Nós temos parcerias com a Casa do Menor trabalhando a garantia do direito à criança e adolescente do DF, pra que a gente possa trabalhar também a prevenção a todos os males, todas as questões ligadas a violência da criança e adolescente”.
Ele ainda elogia o trabalho desenvolvido pela Instituição. “A Casa do Menor já tem um histórico, mais de 30 anos trabalhando na ressocialização de criança e adolescente. A vinda só agrega ainda mais o trabalho que o Governo do Distrito Federal já faz e a Secretaria de Justiça que abarca a política da criança e adolescente na garantia dos seus direitos”, enfatiza.
Para o Padre Renato Cheira, o desafio é grande e é preciso contar com o apoio da sociedade e do governo federal e distrital. “Não será difícil fazer um projeto que contempla espaço lúdico, de agremiações, de encontro de socialização, como arte, lazer, esporte e depois o trabalho profissionalizante, que é um pouquinho nossa especialidade. Porque nós achamos que dando alternativas aos meninos, dando espaços onde eles se sintam acolhidos, se sintam em família e dando instrumentos para realizar sonhos do futuro, acreditamos que isso ajuda muito na prevenção”, explica.
Lucinha disse que só faltam concretizar a doação do terreno e os meios para construir a nova unidade. “A gente de fato tá percebendo alguns sinais de Deus que mostram que tem essa vontade Dele nessa questão de vir pra cá e a gente tá muito feliz de poder ser instrumento aqui pra ajudar tantas crianças e adolescentes aqui do Distrito Federal”, pontua.
Promover a cidadania
A Entidade foi fundada para resgatar e promover as vidas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. E tem como missão: “Ir ao encontro de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias em situação de risco e atender com programas de acolhimento, desenvolvimento comunitário, profissionalização e inserção no mercado de trabalho, e comunidade terapêutica visando inclusão e protagonismo”.
Vale destacar que a Casa do Menor segue as seguintes linhas de ação: Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes Deficientes, Acolhimento Especializado de Adolescentes Usuários de Drogas, Casa Lares, Cultura, Esporte e Lazer, Educação Infantil, Profissionalização e Inserção no Mercado de Trabalho.
É importante frisar que a obra social, que não possui fins lucrativos, gasta em torno de R$ 7 milhões ao ano para manter mais de 5.000 crianças e adolescentes usufruindo de creches, cursos profissionalizantes e educação cidadã e o padre fundador da Casa do Menor comemora que, em mais de três décadas de existência, a instituição tenha conseguido salvar mais de 100 mil jovens.
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