Nesta terça-feira, 8, no painel “Veículos elétricos: tecnologia, sustentabilidade e mobilidade”, especialistas debateram o papel central dos veículos elétricos na promoção de uma mobilidade mais sustentável, abordando os desafios e as oportunidades dessa transformação. A eletrificação de frotas, o desenvolvimento de infraestrutura de carregamento e o impacto ambiental de toda a cadeia de produção foram temas amplamente discutidos, apontando caminhos importantes para o avanço dessa tecnologia no país.
Os veículos elétricos têm ganhado relevância no Brasil como uma solução para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e enfrentar as mudanças climáticas. A substituição de veículos a combustão por elétricos é vista como um dos pilares para atingir as metas globais de descarbonização. No entanto, a transição para uma mobilidade mais limpa ainda enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito à infraestrutura de carregamento e à produção sustentável de eletricidade. Embora a eletricidade seja uma fonte de energia mais limpa, é essencial garantir que ela seja gerada por fontes renováveis, como energia solar e eólica, para que os veículos elétricos realmente contribuam para a redução da pegada de carbono.
Além das questões ambientais, a eletrificação de frotas também é considerada uma solução econômica para o transporte. Veículos elétricos são mais eficientes e têm custos de operação e manutenção inferiores aos dos veículos movidos a combustíveis fósseis. No entanto, o custo inicial de aquisição desses veículos ainda é uma barreira, especialmente para frotas públicas e de empresas privadas de transporte. Políticas públicas, como incentivos fiscais e subsídios, são necessárias para estimular a adoção em larga escala dessa tecnologia, permitindo que o Brasil se alinhe com os avanços globais na área de mobilidade sustentável.
“A modalidade sustentável é um componente crucial na luta contra as mudanças climáticas e na melhoria da qualidade de vida nas cidades. Quase 14 milhões de carros elétricos foram fabricados globalmente”, pontua o eng. mec. Leonardo Ceregatti.
O evento em Salvador também evidenciou que a eletrificação não se limita a grandes cidades. A expansão dessa tecnologia para áreas rurais e regiões menos desenvolvidas do Brasil é um dos desafios que precisam ser superados. Para isso, é necessário um planejamento que inclua investimentos em infraestrutura de redes elétricas e a criação de pontos de carregamento em todo o território nacional. A transição para a mobilidade elétrica envolve, portanto, um esforço conjunto entre governos, empresas e a sociedade.
“Há uma motivação para substituição dos veículos a combustão por elétricos. Existem diversos estudos, e, por exemplo, o parlamento europeu determinou que 2035 não poderá ser comercializado veículos a gasolina ou dieses. Isso incluí os veículos híbridos. No Brasil também há um projeto de lei do Senado”, diz o eng. eletric. Marco Aurélio Vilela. “Precisamos pensar em como fazer para que os veículos elétricos se transformem naquilo que realmente o mundo espera: a salvação do meio ambiente”, complementa o eng. mec. Helio da Fonseca.
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